Expliquem-me uma coisa:
As Festas de S. Gonçalinho, em Aveiro, são muito giras. A beatagem sobe lá acima ao telhado da capela e atira cavacas rijas como cornos até partir os ditos a meia-dúzia dos que aguardam cá em baixo de guarda-chuva em punho. Pronto, é giro, só isso. A malta vai ver, tira umas fotografias, diverte-se. Mas daí até uma noite inteira de programação em directo na RTP, a levar com a missa ao santo, os conjuntos de baile e as vendedeiras de pipoca, olha lá! O mesmo vale para a Feira de S. Mateus em Viseu, para o S. João do Porto, para as Festas da Rainha Santa em Coimbra, para a Festa dos Tabuleiros em Tomar, para a Festa dos Caretos em Trás-os-Montes, para a Festa da Fogaça na Feira e mais uma infinidade delas que ninguém as sabe todas de cor. São coisas engraçadas (umas mais do que outras), mas que na verdade só interessam por mais do que dez minutos seguidos a pessoal da terra, turistas e estudiosos da matéria.
Assim sendo, porque é que todos os anos temos que levar com as intermináveis e massacrantes Marchas Populares de Lisboa em grande produção televisiva para dez milhões de paspalhos quando só um milhão é que pode estar interessado naquilo? E um milhão já deve ser favor!
Não vale responder que também levamos com os discursos dos políticos e ainda há menos interessados, porque esse é um fenómeno com outra explicação científica.
Assim sendo, porque é que todos os anos temos que levar com as intermináveis e massacrantes Marchas Populares de Lisboa em grande produção televisiva para dez milhões de paspalhos quando só um milhão é que pode estar interessado naquilo? E um milhão já deve ser favor!
Não vale responder que também levamos com os discursos dos políticos e ainda há menos interessados, porque esse é um fenómeno com outra explicação científica.
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