Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Cristianismo

Este Natal, recordemos as comunidades cristãs que habitam a terra onde Jesus nasceu. Tão antigas como o próprio Cristianismo, berço de uma riquíssima tradição que marcou profundamente a cultura ocidental, conhecem hoje violências e êxodos em massa que anunciam o mais sombrio dos futuros. No Médio Oriente, entre ortodoxos e católicos de vários ritos, representam cerca de cinco por cento de um total de 350 milhões de almas: 6 milhões de coptas no Egipto, 6 a 4 milhões de arménios na ex-União Soviética, 4 milhões de maronitas e 2 milhões de melquitas no Líbano, na Síria, na Palestina e na Jordânia, 1 milhão de caldeus, 300 mil nestorianos, 250 mil siríacos gregos e 100 mil siríacos latinos no Iraque , na Síria e na Turquia, além de muitos emigrados na Europa e na América e de pequenos grupos de rito romano, como os franciscanos da Terra Santa, que se mantêm teimosamente na região.
Embora o seu passado sob o Islão nem sempre seja um paraíso de tolerância, estas igrejas têm sido sujeitas nos últimos anos a uma inédita hostilidade. O atentado de 31 de Outubro contra a catedral católica de Bagdad, que provocou a morte a cinquenta e três fiéis durante a Missa, é apenas o mais recente exemplo. Poderiam enumerar-se outros no Egipto e na Turquia.
Diz-se que o crescimento do fundamentalismo islâmico é a causa principal da intolerância, mas não é a única. A orfandade ideológica em que o fim da Guerra Fria deixou alguns governos oficialmente não alinhados, mas aliados da União Soviética devido ao apoio americano a Israel, fez a rua árabe regressar a um Islão identitário e exclusivista. Ironia da história: a queda do Muro de Berlim, que trouxe a liberdade aos cristãos no Leste da Europa, trouxe-lhes a perseguição no Médio Oriente. E a invasão do Iraque não veio melhorar as coisas.
O problema, contudo, varia de país para país, da relativa paz na Síria à pura opressão na Arábia Saudita, passando pelo laicismo nacionalista na Turquia, onde os cristãos, assimilados ao inimigo grego, desceram em menos de um século de 20% da população para uns residuais 0,2%, curioso efeito da modernidade de Ataturk. Talvez esta diversidade contribua para a invisibilidade do ataque. Mas, por enquanto, as notícias vão chegando: vemos, ouvimos, lemos, não podemos ignorar...
Por esse mundo foram, nos próximos dias, muitos cristãos vão celebrar o nascimento de Cristo com risco da própria vida...

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