Na falsa assembleia da república portuguesa, antro de negociatas e de vergonhosas cenas de faz de conta, perpretadas por uns biltres eleitos por círculos eleitorais mas que no fundo são apenas funcionários partidários, que estão nas tintas para as reais necessidades das regiões que os elegeram, bacanos que fingem zangar-se, que franzem o sobrolho, que se insultam e corneiam, enfim, que se degladiam tipo wrestling, ou seja, "lutam" de forma mais ou menos encenada, deram um destes dias mais um exemplo da sua corrupção, dos seus inconfessáveis desígnios. Falo da lei de financiamento partidário, aprovado pelo centrão e que mais uma vez é um exemplo acabado acerca da vontade que os nossos políticos têm de reformar o sistema (podre) que vigora nesta republica nascida do assassinato e da desonra.
Razão tem o presidente da Transparency International em Portugal: «sob o pretexto de diminuir o esforço dos contribuintes na comparticipação das despesas de campanha, a nova lei cria verdadeiros poços de opacidade que apagam qualquer possibilidade de transparência na relação entre as candidaturas e os eleitores: institucionaliza o donativo indirecto como mecanismo de esvaziamento das despesas de campanha; introduz mecanismos que permitem a criação de valor dentro dos partidos por via do arrendamento do seu património às suas próprias actividades; cria mecanismos de branqueamento de receitas ilegais ou de proveniência duvidosa através da contabilização de angariação de fundos; anula o efeito punitivo das coimas, que passam a figurar como despesas correntes dos partidos; e para cúmulo dos cúmulos ainda cria uma nova subvenção pública que permite o financiamento dos partidos através dos grupos representados na AR e nas assembleias regionais, e que tem vindo a ser paga ilegalmente aos partidos, à revelia de um Acórdão do Tribunal Constitucional.»
E não se podem eliminar este regime e os seus lacaios?
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