Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Boca de Incêndio

Bombeiros alertam que redução de verbas deverá afectar meios aéreos


O presidente da Liga dos Bombeiros afirmou esta terça-feira, após uma audição no Parlamento, que a redução em 20% da verba para combater os incêndios deverá afectar os meios aéreos, os mais dispendiosos, manifestando preocupação com o atraso na contratação destes equipamentos.
Duarte Caldeira falava à agência Lusa à saída de uma audição na comissão parlamentar de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, onde disse aos deputados ter "a convicção" da manutenção das verbas para os meios terrestres de combate aos fogos florestais.
Tendo em consideração os valores em causa, "seguramente que este impacto dos 20% será sobretudo no âmbito dos meios aéreos", realçou.
Em 2010, Portugal contou com 56 meios aéreos para combater os incêndios nos meses de verão e, "se tivermos em consideração esta redução, certamente iremos contar este ano com 40 e poucos meios aéreos", referiu o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
"Não é admissível que haja qualquer diminuição nas equipas terrestres dos bombeiros", salientou Duarte Silva.
O corte de verba "implicará que haja um envolvimento muito forte dos elementos de comando de modo a que seja possível compensar as mudanças decorrentes da alteração do dispositivo aéreo com reforço dos meios terrestres dos bombeiros".
Por outro lado, a contratação de meios aéreos para combater os incêndios florestais "está atrasada" este ano, afirmou. Em 2010, em Janeiro "já estava em processo de selecção", este ano, "ainda nem foram lançados os concursos", o que é um atraso "muito significativo", salientou.
O representante dos bombeiros explicou que as consequências desta situação são várias, nomeadamente ao nível do custo do aluguer dos meios necessários.
O mercado internacional nesta área é restrito e os países, de uma forma geral, têm optado por, em vez de adquirir meios aéreos próprios, recorrer ao aluguer porque "é mais rentável". E "quanto mais tarde os concursos forem lançados, em piores condições serão negociados", disse Duarte Caldeira.
Os meios aéreos de combate a incêndios representam 46 milhões de euros no orçamento da Autoridade Nacional Protecção Civil, num total de 60 milhões de euros, referiu o presidente da Liga. A redução de 20% é "muito significativa" e "vai exigir uma reflexão muito apurada sobre a redefinição do tipo de meios e a sua localização", apontou ainda.
Na segunda-feira, o secretário de Estado das Florestas, Rui Barreiro, desvalorizou os cortes orçamentais nos meios de combate a incêndios e sublinhou que no caso do Ministério da Agricultura, que conta com 30 milhões de euros para prevenção, estas verbas foram reforçadas.
"No caso da Agricultura, houve um reforço de verbas. Os incêndios são uma preocupação de todos. É possível, apesar dos problemas orçamentais, juntar os meios disponíveis dos vários ministérios", disse.

in Jornal de Notícias

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