Em "Portugal com Norte", conferências organizadas pela TSF e decorridas, esta sexta-feira, na Casa de Serralves, no Porto, o criticado centralismo lisboeta ficou com as orelhas a arder. E quando Pinto da Costa foi a debate, logo a conversa aqueceu: "O Norte precisa de um partido forte, com gente credível", disse o presidente do F.C. Porto.
"Afirmação política do Norte? Há pessoas capazes, mas não se pode desistir por uma tacho. As pessoas do Norte são as primeiras quando chegam ao Governo a esquecer a região. O que o Norte precisa é que os seus eleitos não cheguem a Lisboa mudos e saiam calados", disse Pinto da Costa, reivindicando a criação de uma força política que milite pela região.
"O Norte - acrescentou o presidente do F.C. Porto - há-de unir-se quando perder a paciência. Falta-lhe um grande partido, com gente credível, que não vá para Lisboa só para fazer número, só para se baixar ou levantar nas votações".
E se os sucessos do futebol mostram a força magnética do Norte, Pinto da Costa revela-lhe os segredos - "Competência, rigor, missão e paixão" -, como quem sugere as mesmas receitas para a afirmação da cidade e da região.
"Líderes? Não sei bem o que isso é. O que sei é que não se pode desistir, por um tacho qualquer ou para evitar chatices ou escutas. Se eu tivesse medo das perseguições ou das escutas, já tinha desistido", acrescentou Pinto da Costa.
E se as fintas de Hulk, os golos de Falcao e as vitórias do F.C. Porto são o exemplo de superação contra o umbiguismo lisboeta, Pinto da Costa limita-se a observar: "O F.C. Porto é uma marca de rigor e de sucesso. É respeitado em todo o lado, até na Câmara de Lisboa...".
Nota: mas já temos o Movimento Partido do Norte. Faltam-nos assinaturas para a formalização junto do Tribunal Constitucional. Visitem o site e adiram!
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