Pode ler-se na página 325:
«De qualquer forma, tanto o governo espanhol como o português foram seguramente informados, através de uma declaração conjunta, de 17 de Dezembro de 1942, de governos de países ocupados no exílio, bem como dos norte-americano, britânico e soviético, do «propósito» alemão de «exterminar o povo judeu da Europa». Segundo uma fonte, Salazar estava «muito bem informado» sobre os crimes nazis, pelo menos desde 1941, através de relatórios, telegramas, cartas e apontamentos, que recebia regularmente dos seus diplomatas, a maioria dos quais manifestava «uma simpatia generalizada para com as vítimas».
No arquivo de Salazar, não consta correspondência directamente relacionada com o assunto, a não ser um relatório, enviado em 1942 pela Igreja portuguesa ao presidente do Conselho de Ministros, sobre a situação dos católicos na Alemanha e na Polónia. Neste, eram denunciadas as perseguições feitas aos padres e a nazificação das escolas, através de organizações estatais de juventude e da proibição das associações católicas. O documento referia também o assassinato de doentes nos hospitais, a existência de torturas e a ocorrência de mortes nos campos nazis, nomeadamente no de Oswiecim (Auschwitz), na Polónia.»
No arquivo de Salazar, não consta correspondência directamente relacionada com o assunto, a não ser um relatório, enviado em 1942 pela Igreja portuguesa ao presidente do Conselho de Ministros, sobre a situação dos católicos na Alemanha e na Polónia. Neste, eram denunciadas as perseguições feitas aos padres e a nazificação das escolas, através de organizações estatais de juventude e da proibição das associações católicas. O documento referia também o assassinato de doentes nos hospitais, a existência de torturas e a ocorrência de mortes nos campos nazis, nomeadamente no de Oswiecim (Auschwitz), na Polónia.»
É um retrato humano de quem, por ser judeu, se viu obrigado a fugir ao nazismo. É também um retrato de um país, de um governo salazarista, de uma estranha forma de pensar. É um retrato com nomes... e que nomes.
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