Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

O (odioso) Chefe

Séneca, um prolífico filósofo romano, costumava dizer entre duas orgias e uma tarde no Circo Máximo que alguns chefes só são grandes porque lhes medem também o pedestal. Ora, fiquei a saber há alguns dias que Luiz Felipe Scolari é o chefe da selecção de sub-21. Não o soube por terceiros e não há riscos de ambiguidades ou más interpretações. Foi ele quem o disse, alto e bom som, colocando-se em bicos de pés no topo do tal pedestal que costumam acrescentar às contas quando lhe medem a grandeza. E fê-lo colocando Agostinho Oliveira no seu lugar e remetendo-o à sua insignificância, deixando muito claro que era ele quem queria, podia e mandava. E mandou. Mesmo sem ter assistido a qualquer jogo dos sub-21 durante a fase de apuramento para o Europeu e não obstante não passar de um desconhecido para a maior parte dos jogadores que compõem a selecção que Agostinho Oliveira treina, mandou.

Achei, na altura, que o Europeu começava mal e lembrei-me de um ditado que a minha avó costumava usar, a propósito de coisas que nascem tortas e que raramente se endireitam. Mas quis acreditar que podia estar enganado. Afinal, ao contrário do outro, eu tenho imensas dúvidas e engano-me com alguma frequência. Mas não me enganei desta vez. A participação de Portugal no Europeu de sub-21 tem sido a antítese do que foi a fase de apuramento. Onde só havia vitórias agora há derrotas; onde havia quase três dezenas de golos marcados agora há três golos sofridos. E, nem de propósito, onde há algumas semanas havia um chefe em bicos de pés a puxar dos galões, agora só há um pedestal.

Jorge Maia

1 comentários:

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