Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Nexos de causalidade e perplexidades (*)

(*) Prof. Jorge Olímpio Bento

1. Que os cidadãos amantes da verdade, rectidão, verticalidade, ética, seriedade, honradez e justiça exijam o combate da fraude, batota, farsa, mentira, falsificação, suborno e corrupção - eis algo natural que releva da sua conduta moral e da sua aguda consciência de responsabilidades e obrigações cívicas e nelas encontra causa e justificação.

Agora que clamem por esse combate ou se colem a ele os que têm a vida cheia de rabos-de-palha ou, no mínimo, têm descida sobre ela uma densa cortina que não permite a entrada da luz e ver o que se passa nos seus escuros contornos - eis algo que revela uma
farsa iniludível e uma refinada hipocrisia e indicia propósitos inconfessos.

Quando perdem claramente no terreno do jogo, são precisamente estes últimos os que mais se esfalfam a tentar construir uma imagem de paladinos da luta contra a corrupção. E são também eles os que mais se calam, quando não ganham de modo limpo e convincente no tocante à lisura de processos. São ainda eles que tomam os outros por cegos e desmiolados, incapazes de ver e perceber as artimanhas de que são capazes (Ah, como foi limpo o campeonato de 2004!2005!)
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Enquanto uns de corrupção só sabem o nome por ouvirem falar dela ou sofrerem os seus efeitos,
eles conhecem-na de cabo a rabo, de alto a baixo, por dentro e por fora, dominam os seus caminhos, métodos e alvos. São doutores na matéria e estão nela como o peixe na água !

Por isso, falam de cátedra e à vontade, de modo sabido e prolixo. E, para cúmulo da desfaçatez, travestem-se de frades mendicantes a fazer a via-sacra da provocação em todas as capelas do oportunismo político.

A figura não tem vergonha, mas deviam tê-la os partidos que a acolhem !

2. Se uma arbitragem viciou ou, mesmo sem o conseguir, tentou viciar de maneira visível e escandalosa o resultado de um jogo, é forçoso investigar a actuação dos juizes. Essa investigação deve ser de pronto assumida pelas autoridades desportivas (FPF, Liga, etc.) e, se for caso disso, entregue à PJ.

E, na procura da verdade, deve-se ir a todas as fontes de prova, inclusive a serviços sexuais prestados aos árbitros. Mas a inversa não é aceitável.
Repito, não é aceitável que se pegue nas prendas sexuais para incriminar os seus ofertantes e beneficiários, quando o jogo em causa não levanta questões de arbitragem.

Com isto não estou a defender essas ofertas; pelo contrário, rejeito liminarmente o costume - no todo e na parte - e afirmo taxativamente que desqualifica cívica e socialmente quem o pratica. Estou, sim, a dizer que o exercício da justiça não pode ir por essas águas, por maior que seja a tentação de concitar o agrado, apoio e aplauso resultantes da natural reprovação pública de prática tão abominável.
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3. Uma entidade respeitável toma posição sobre um tema importante do panorama desportivo, honrando assim a função em que está investida. Por causa disso é brindada com tiradas aleivosas, proferidas pelo líder de um clube grande. De seguida passa a se alvo de insultos e ameaças de morte e, por via disso, vê-se
obrigada tomar cuidados especiais em relação à sua segurança e vida quotidiana.

E tudo isto é silenciado, não gera a adopção de medidas condizente com a gravidade da situação, como se nada tivesse acontecido ! Não há neste caso nenhum nexo de causalidade? Não há atribuição de culpas e responsabilidades? Há uma lista oculta de beneficiários da impunidade e imputabilidade ? Já se tornou normal que as pessoas de bem, idóneas e impolutas sejam insultadas e ameaçadas, contando com a passividade e indiferença estado de direito ? Resta-nos fica perplexos ?

Perante isto impõe-se perguntar às autoridades competentes quais são os nexos de causalidade que levam a agir nuns casos e a manter-se quedas noutros. Das duas uma: ou há coisas que estão no segredo dos deuses (porque o da justiça, ao que tudo indica, não é fiável) e a seu tempo virão a lume; ou então há causalidades, cumplicidades e razões que a razão desconhece e não pode nem deve aceitar.

PS. São árbitros como Lucílio Batista, Elmano Santos e afins que a Liga quer profissionalizar ? Deus nos acuda !”

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