As forças russas abrem um corredor para abastecer a cercada Leninegrado por comboio.
O cerco de Leninegrado iniciou-se em 06/07/1941, e esta cidade soviética de três milhões de habitantes viria a perder um milhão de civis, até à sua libertação, pelas tropas soviéticas, em Junho de 1944, após um cerco que durou cerca de três anos.
Num «Apelo ao Povo de Leninegrado», os defensores de Leninegrado escreveram:
«Ergamo-nos como se fôssemos um só homem para a defesa da nossa cidade, das nossas casas, da nossa família, da nossa liberdade e da nossa honra. Cumpramos o sagrado dever de patriotas soviéticos numa luta sem tréguas contra um inimigo implacável» (Claude Appel, «15 combates pela Liberdade», Ed. Verbo, 1979, p. 79).
Os bombardeamentos alemães «destruíram 4 de cada 10 casas», e os habitantes de Leninegrado «chegaram a fazer sopa com a cola recuperada nos papéis que forravam as paredes» (obra citada, p. 80-81).
No Inverno, com temperaturas que chegaram a atingir 30º negativos, «queimavam-se os próprios móveis, os livros e quadros» para obter um mínimo de aquecimento nas casas (obra citada, p. 81).
«Só no mês de Dezembro de 1941 morreram 52.000 pessoas, tantas quantas morriam habitualmente num ano. Tornou-se impossível encontrar um caixão. Os corpos, envoltos num lençol, eram conduzidos para o cemitério em pequenos trenós» (obra citada, p. 82).
A 08/04/1942, cerca de um ano após o início do cerco de Leninegrado, «como para celebrar o fim daquele Inverno atroz e afirmar a certeza da vitória, a Orquestra Filarmónica de Leninegrado deu um concerto público em que foi interpretada a “Sétima Sinfonia”» conhecida por «Sinfonia de Leninegrado», do grande compositor Chostakovitch (obra citada, p. 84).
E ainda hoje, em todo o mundo, a «Sinfonia de Leninegrado» evoca o milhão de soviéticos que deram a sua vida numa contribuição decisiva para a derrota do nazi-fascismo.
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