Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Encomendas ao Cosmo (III)



Respire, por favor.
Mais uma vez.
Esteja sereno. Calmo. Tenha confiança.
Agora, contemplemos outra questão.
Porque é que os seres humanos são, supostamente, "superiores" aos outros seres vivos?
Alguns dizem que é devido à sua capacidade de terem consciência da sua própria existência.
Neste momento, você está a respirar.
Está consciente da sua própria existência.
Também está consciente da sua interligação fundamental com tudo o que existe.
Por isso, considere agora, e pela última vez, por favor, o poder que está prestes a exercer, a força que está prestes a invocar, o pedido que me está prestes a fazer, a mim, o seu anjo da guarda, o seu eu superior.
Há algo nele que possa prejudicar outras pessoas?
Há algo nele que seja prejudicial ou vingativo?
Há algo nele que seja mesquinho ou rancoroso?
Há alguma forma de o modificar de modo a torná-lo tão "puro" e "nobre" quanto possível? Lembre-se que não lhe convém colocar-me numa situação de conflito cósmico.
Mesmo neste último minuto, não é demasiado tarde para o pôr outras palavras se se sentir subitamente inspirado.
Muito bem.
Quando estiver confortável, respire fundo outra vez e veja diante de si, por favor, o objectivo que quer atingir.
Olhe-o de frente.
Adopte-o.
Torne-o seu.
Torne-se nele.
Acredite nele.
Viva-o.
E...
agora...
deixe-o ir.
Este é o momento em que, se quiser, pode escrever o seu pedido num pedaço de papel e queimá-lo na chama de uma vela.
Caso contrário, deixe apenas que essa sua imagem mental se evapore.
Não a transforme em desilusão. Nem em vazio. Nem em arrependimento.
Transforme-a em amor. E em confiança. E em inspiração.
Pode descobrir que tudo isto lhe ocorre muito naturalmente.
Se não for o caso, deve proceder da seguinte forma.
Antes de mais nada, continue a respirar.
E feche os seus olhos durante breves momentos (claro que, quando precisar de consultar outra vez o livro, pode abri-los).
Agora, imagine-se a si próprio daqui a alguns anos.
Forte, realizado e profundamente feliz.
Tem tudo aquilo que quer.
Mas, neste preciso momento, você não tem necessariamente tudo aquilo que quer.
Ou já o teve e decidiu mais tarde que não precisava disso...
... ou nunca o teve.
Porque é que havia de se importar com isso?
Você está exultante de alegria e felicidade.
Tudo o que tem a fazer é imaginar-se a si próprio a sentir-se bem.
A sentir-se mesmo, mesmo bem.
Lembre-se: quando você se sente bem, não se interessa pela razão desse bem-estar.
Tudo o que sabe é que se sente dessa maneira.
É importante imaginar-se a si próprio nesse estado...
Porque, fundamentalmente, é esse o estado que quer pedir para si próprio, seja o que for que me esteja a pedir a mim.
Respire novamente.

(Jonathan Cainer in Encomendas ao cosmos)

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