Causa e feito , Paulo , Ferreira, Chefe de Redacção JN
Luís Filipe Vieira chamou "vândalos" aos adeptos do F. C. Porto que foram à Luz e mentirosa à subcomissária da PSP que comandou a operação de segurança. Os gritos do presidente do Benfica não assustam ninguém. Nem terão, obviamente, quaisquer consequências. No próximo jogo entre os "grandes", seja na Luz, em Alvalade ou no Dragão, as cenas que o indignam repertir-se-ão.
Convém lembrar um pormenor este é o país em que um 'very-light' mata um adepto de futebol e nada de importante muda no acesso aos estádios de futebol. Este pequeno facto não ocorreu, porém, aos dirigentes do Benfica, quando se lembraram de colocar a claque do F. C. Porto no terceiro anel do topo norte do Estádio da Luz. A ideia, de tão irresponsável, transforma as queixinhas de Vieira num patético exercício de ilusionismo.
Quase tão patético quanto o exercício feito pela SIC no 'Jornal da Tarde' de segunda-feira. A estação seguiu os elementos da claque do F. C. Porto até ao recinto e - preparem-se - descobriu que eles dizem palavrões, são rapazes para passar por cima dos torniquetes de acesso ao estádio, para partir uma cadeiras e para fazer outras tropelias de igual ou pior espécie. A reportagem fechava com um inquérito de rua aos portuenses acha que a rapaziada se portou bem? Um brinquinho. Nos oito ou nove minutos gastos com isto, a SIC esqueceu a carga feia da Polícia sobre adeptos do Benfica; não quis perceber como é possível, num jogo de alto risco, a segurança deixar passar petardos e garrafas; nem por um segundo questionou a localização da claque dos dragões; passou ao lado da (in)eficácia no controlo das entradas… Puro ilusionismo.
O fenómeno das claques e das cliques que dentro delas se movimentam é muito sério. As consequências da inacção conhecem- -se e repetem-se. Que nenhum dos actores com competência para tal aja sobre a matéria é grave. Que tudo isto sirva para tapar os olhos aos tontos e acirrar os distraídos é simplesmente inaceitável.
Luís Filipe Vieira chamou "vândalos" aos adeptos do F. C. Porto que foram à Luz e mentirosa à subcomissária da PSP que comandou a operação de segurança. Os gritos do presidente do Benfica não assustam ninguém. Nem terão, obviamente, quaisquer consequências. No próximo jogo entre os "grandes", seja na Luz, em Alvalade ou no Dragão, as cenas que o indignam repertir-se-ão.
Convém lembrar um pormenor este é o país em que um 'very-light' mata um adepto de futebol e nada de importante muda no acesso aos estádios de futebol. Este pequeno facto não ocorreu, porém, aos dirigentes do Benfica, quando se lembraram de colocar a claque do F. C. Porto no terceiro anel do topo norte do Estádio da Luz. A ideia, de tão irresponsável, transforma as queixinhas de Vieira num patético exercício de ilusionismo.
Quase tão patético quanto o exercício feito pela SIC no 'Jornal da Tarde' de segunda-feira. A estação seguiu os elementos da claque do F. C. Porto até ao recinto e - preparem-se - descobriu que eles dizem palavrões, são rapazes para passar por cima dos torniquetes de acesso ao estádio, para partir uma cadeiras e para fazer outras tropelias de igual ou pior espécie. A reportagem fechava com um inquérito de rua aos portuenses acha que a rapaziada se portou bem? Um brinquinho. Nos oito ou nove minutos gastos com isto, a SIC esqueceu a carga feia da Polícia sobre adeptos do Benfica; não quis perceber como é possível, num jogo de alto risco, a segurança deixar passar petardos e garrafas; nem por um segundo questionou a localização da claque dos dragões; passou ao lado da (in)eficácia no controlo das entradas… Puro ilusionismo.
O fenómeno das claques e das cliques que dentro delas se movimentam é muito sério. As consequências da inacção conhecem- -se e repetem-se. Que nenhum dos actores com competência para tal aja sobre a matéria é grave. Que tudo isto sirva para tapar os olhos aos tontos e acirrar os distraídos é simplesmente inaceitável.
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