VEJA a entrevista no sítio da SIC
Ana Maria Salgado, a irmã gémea de Carolina Salgado, acusa o presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, de ter viabilizado a edição do livro "Eu, Carolina" ao encomendar antecipadamente "uma série de livros, juntamente com a jornalista Leonor Pinhão". A acusação surge numa entrevista à SIC, emitida ontem, durante a qual a irmã da ex-companheira de Pinto da Costa lança ainda graves suspeitas sobre um elemento da Polícia Judiciária, actualmente integrado na equipa que investiga o "Apito Dourado", liderada por Maria José Morgado.
Ana Maria Salgado, a irmã gémea de Carolina Salgado, acusa o presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, de ter viabilizado a edição do livro "Eu, Carolina" ao encomendar antecipadamente "uma série de livros, juntamente com a jornalista Leonor Pinhão". A acusação surge numa entrevista à SIC, emitida ontem, durante a qual a irmã da ex-companheira de Pinto da Costa lança ainda graves suspeitas sobre um elemento da Polícia Judiciária, actualmente integrado na equipa que investiga o "Apito Dourado", liderada por Maria José Morgado.
As declarações confirmam em grande parte o que Ana, 30 anos e muito parecida fisicamente com Carolina, tinha já dito anteriormente, quando foi inquirida pelo Ministério Público (MP), a 27 de Junho último, por sua iniciativa e sem que a irmã disso tivesse conhecimento. Ao MP, apurou o JN, Ana Maria terá efectuado um relato bastante mais detalhado da vida privada de Carolina e Pinto da Costa.
Ana Maria refere ter acompanhado de perto Carolina durante o tempo em que esta viveu com Pinto da Costa e mesmo depois, durante a separação do casal e no processo de preparação e elaboração do livro. A entrevista surge depois de o pai de Carolina Salgado ter posto em causa a sua sanidade física e mental, em declarações sucessivas aos jornais Correio da Manhã e 24 horas.
"Lamento que o meu pai tenha dito isso. O meu testemunho no Ministério Público foi a verdade e eles ficaram magoados com isso. Obviamente, sinto-me incomodada. Magoa", referiu na entrevista.
Compra de livros
Segundo Ana Maria, Luís Filipe Vieira aparece quando a irmã procurava uma editora para o livro. Após várias tentativas, propôs a publicação à "D. Quixote", mas a empresa terá exigido garantias. Foi então, segundo Ana, que Vieira e Leonor Pinhão fizeram a encomenda de uma série de livros, obtendo dessa forma a concordância da editora. Mais tarde, refere ainda, Luís Filipe Vieira terá também entregue 20 mil euros a Carolina Salgado, para que esta pudesse fazer face às despesas com os processos que interpusera contra Pinto da Costa.
Suspeitas sobre polícia
Na entrevista, Ana Maria lança suspeitas sobre um elemento da Polícia Judiciária de Lisboa, que acusa de ter fornecido elementos a Carolina sobre o suposto jantar descrito no livro "Eu Carolina", durante o qual teria contecido uma entrega de dinheiro por parte de Pinto da Costa a um árbitro, no final de um jogo de futebol. O jantar terá acontecido na residência do casal, na Madalena, Gaia, tendo o inspector da PJ corrigido Carolina quanto a alguns detalhes do encontro. A irmã garante que Carolina não viu dinheiro nenhum, apenas um envelope branco que "até podia estar vazio".
Na entrevista, Ana Maria conta ainda que o mesmo elemento da Polícia Judiciária - actualmente integrado na equipa liderada por Maria José Morgado, que coordena os processo relacionados com o "Apito Dourado" - terá inclusivamente aconselhado a sua irmã a "vender "um imóvel e o carro", de forma a não ter que pagar eventuais indemnizações resultantes de processos judiciais. Estas denúncias, apurou o JN, estarão já a ser investigadas pelo Ministério Público.
Ridicularizar
Ana Maria diz ainda que tem em seu poder uma versão original do livro que lhe foi "cedida". O conteúdo final, garante, foi "adulterado", de modo a que o presidente do F.C. Porto "caísse no ridículo". "Disse-lhe que quem iria cair no ridículo seria ela", refere a irmã de Carolina. Durante a entrevista recusou peremptoriamente a ideia de estar a ser manipulada.
A irmã de Carolina confirma também o que já anteriormente tinha sido referido ao MP por Fernanda Freitas, a escritora do livro "Eu, Carolina", sobre as agressões a Ricardo Bexiga. Que tudo teria sido feito com o líder dos Superdragões, Fernando Madureira, e por exclusiva inciativa de Carolina Salgado. "Achei ridículo ela gabar-se", sentenciou.
Presidente do Benfica não reage, Morgado sem medo !!!!!!!
O presidente do Sport Lisboa e Benfica fez saber ao JN que não pretende responder a estar declarações de Ana Maria Salgado e permanecerá em silêncio, mas a entrevista suscitou uma série de reacções, nomeadamente da responsável pela coordenação dos processos relacionados como "Apito Dourado", Maria José Morgado. O JN tentou sem sucesso contactar a também responsável pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, mas à SIC Maria José Morgado considerou "ridícula qualquer hipótese de maus métodos processuais" na sua equipa, que considerou "acima de qualquer suspeita".
Maria José Morgado não quis falar sobre as motivações de Ana Maria Salgado, mas foi dizendo que as pessoas que compõem a sua equipa "não são de fácil intimidação, nem recuam perante ameaças".
Também Gil Moreira dos Santos, advogado de Pinto da Costa, não quis alongar-se em considerações, lamentando apenas que estas declarações só tenham sido conhecidas agora.
Nota aqui do Kosta: Para a lisboeta Morgada, casada com o amigo pessoal e conselheiro fiscal do presidente do benfica, as palavras da Carolina foram consideradas sagradas. Pelo contrário, estas proferidas pela irmã da "ardida" nem por isso. Critérios, que já todos percebemos, ou seja, dizer mal do Presidente Pinto Costa é bom, dizer bem ou apresentar outros factos contraditórios já não interessa, não calha bem...