Guerra entre gémeas Salgado alastra ao DIAP
A PSP recusou fornecer segurança pessoal a Ana Maria Salgado com base num relatório do DIAP de Lisboa. O DIAP do Porto ficou descontente. Ana e Carolina Salgado: apenas a segunda tem protecção policial.
A recusa do Comando Central da PSP em fornecer segurança pessoal a Ana Maria Salgado, depois de ter atendido a idêntico pedido feito pela sua irmã gémea Carolina, está na origem de um profundo mal-estar entre os DIAP (Departamentos de Investigação e Acção Penal) do Porto e Lisboa.
Os responsáveis pelo DIAP do Porto não gostaram de saber hoje que a PSP justificava a recusa em garantir a segurança de Ana Maria num relatório do DIAP Lisboa. O pedido de atribuição de segurança a Ana Maria foi apresentado no passado dia 17 pelo procurador Almeida Pereira, do DIAP do Porto, e por duas vezes reiterado.
Foi a primeira vez que um pedido de protecção de testemunha feito pelo DIAP foi recusado pela PSP.
A divergência entre os dois departamentos da PGR foi confirmada ao Expresso por uma fonte judicial. O Ministério Público tornou-se uma baixa colateral da guerra fraticida entre as gémeas Salgado, que transbordou para o domínio público depois de Ana Maria ter desmentido muitas das informações publicadas pela irmã no livro "Eu Carolina" e que estão na base da reabertura de vários processo judiciais no âmbito caso "Apito Dourado".