O fim do ano é sempre uma altura propícia a balanços. Ora, o que é verdadeiramente fascinante nos balanços que se fazem no futebol português é a forma como proporcionam uma visão tão clara sobre a personalidade dos clubes. O FC Porto ganhou mais um título este ano. O terceiro consecutivo. Com 20 pontos de avanço. Jogou e perdeu a final da Taça de Portugal com o Sporting. Jogou e perdeu a Supertaça. Discutiu o acesso aos quartos-de-final da Liga dos Campeões com o Schalke 04 até ao último minuto e voltou a garantir, antes do final do ano, a possibilidade de voltar a discuti-lo com o Atlético de Madrid no início de 2009 repetindo o triunfo no seu Grupo da Champions. Fê-lo depois de ter vencido uma rude batalha jurídica com o Benfica e o Guimarães em torno do direito a jogar a competição milionária. Depois de um ano assim, os técnicos, dirigentes, jogadores e adeptos do FC Porto dirão que 2008 podia ter sido melhor. Noutros clubes, onde não se ganhou nada em 2008, onde até já se perdeu uma parte dos objectivos para 2009, haverá sempre quem diga que podia ter sido pior. Como dizia alguém, são os pequenos pormenores que fazem as grandes diferenças.
(*) Jorge Maia, in O JOGO
(*) Jorge Maia, in O JOGO
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