Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

CRISE (II)

Pacotes de férias esgotam para a passagem de ano
Operadores turísticos registaram uma procura semelhante à dos anos anteriores

Alguns dos destinos mais procurados para o final de ano esgotaram. À primeira vista, parece que a crise económica não afectou o gosto dos portugueses pelas viagens, mas a verdade é que a oferta também diminuiu este ano.
Carlos e Rosa Maria Barros não ponderaram sequer a possibilidade de alterar a tradição familiar. Na passagem de ano, Carlos, Rosa e o filho Ricardo, de 22 anos, fazem sempre as malas. Este ano, não foi diferente e nem o fantasma da crise económica os desencorajou de fazer um cruzeiro à Sicília. "Não vemos a situação dessa perspectiva de crise económica...", explicou Carlos Barros. "Abdicámos de algumas coisas e temos poupado dinheiro já desde o ano passado".
A família não gasta em presentes de Natal, nem de aniversário, uma posição assumida "contra o consumismo", conta Rosa Maria. Amealham, antes, para um "presente para todos", que acaba invariavelmente por ser uma viagem. Os 25 anos de casados que comemoram este ano merecem, também, uma celebração especial, daí o empenho redobrado na deslocação à Sicília.
Os operadores turísticos contactados pelo JN foram unânimes ao afastar um cenário de crise no sector das viagens de final de ano. Caraíbas, Brasil, Turquia, Egipto, Cabo Verde, S. Tomé, Praga/Budapeste e Madeira foram os destinos mais escolhidos pelos portugueses para o "reveillon" 2009. A procura esteve, na maioria dos casos, ao nível da verificada no ano passado, mas casos houve em que até se registou um aumento.
"A procura dos produtos Soltrópico tem sido muito positiva", disse Tiago Rodrigues. "Na comparação das vendas do mês de Dezembro, facturámos quase mais 60% do que em 2007". A Nortravel teve, também, um ligeiro crescimento, embora "significativamente menor ao registado em anos anteriores", explicou António Gama, director-geral da empresa. "A procura esteve muito condicionada pela oferta", adiantou Eduardo Pinto Lopes, administrador da Terrabrasil. "Ninguém quis arriscar com muita oferta, por isso esgotou quase tudo".
Há quem viaje, tentando fintar o aperto da crise. É o caso de Ana Luísa que pela primeira vez vai para fora na passagem de ano. Na hora de comprar a viagem para a Madeira quase desistiu. "Passámos muito dias à volta da Internet", contou. "Houve quase uma desistência, os preços eram exorbitantes", disse. A ajuda de um amigo madeirense, o mesmo que disponibilizou casa para os cinco dias de férias, foi decisiva. "Em tempo de crise tem de ser assim", explica Ana Luísa, que sonha um dia passar o ano em Nova Iorque.
(JN, Maria Cláudia Monteiro)

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