Afinal, a montanha pariu um rato. Aliás, a montanha está a ficar achatada de tanto parir ratos. Desta vez, foi a estrondosa ameaça do Benfica não participar na Taça da Liga que a deixou prenha, a ameaçar explodir e arrasar tudo num raio de centenas de quilómetros em redor. Ia ser terrível, uma catástrofe capaz de envergonhar a explosão do Monte Vesúvio e fazer esquecer definitivamente Pompeia, o suficiente para inspirar um filme, talvez até um épico, quem sabe mesmo uma trilogia. Até já estou a ver quem poderia realizá-lo, quem ia adorar escrever o argumento e pelo menos uma boa parte do elenco... Mas afinal, a montanha pariu um rato. Afinal, o Benfica vai participar na Taça da Liga. Contrariado, com um pé entalado na porta, mas vai. E tudo o que se ouviu da tal explosão que ameaçava mudar o aspecto do futebol português tal como o conhecemos hoje foi o silêncio dos inocentes: o Benfica absteve-se durante a Assembleia Geral da Liga que serviu para aprovação dos regulamentos da prova. Pelo caminho, o presidente dos encarnados passou das críticas a Hermínio Loureiro, que teceu a semana passada, ao silencioso voto de confiança. E passou quase tão depressa e coerentemente como, há coisa de um ano, passou das críticas a Valentim Loureiro ao apoio à sua candidatura para a presidência da Mesa da Assembleia Geral da Liga de Clubes, apenas para voltar às críticas um pouco mais adiante. Entretanto, já engravidaram a montanha outra vez. Agora é que é. Quando explodir vai ser o fim do Mundo. Até veio anunciado nos jornais. A menos que se limite a parir outro rato. E nesse caso, talvez o melhor fosse mandá-los para a montanha que os pariu.
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