Comparativamente ao 1.º trimestre de 2006, os jornais diários perderam, no 1.º trimestre de 2007, mais de 26 mil compradores por dia. O que deu o maior trambolhão foi o Jornal de Notícias, do Porto, que perdeu, por dia, 11.368 compradores. Mesmo assim é o segundo diário mais vendido no país. Em primeiro lugar continua o Correio da Manhã, de Lisboa, com uma tiragem diária média de 113.300 exemplares (embora perdendo 2.700 compradores diários no período em análise). Na imprensa de referência o quadro é como segue. O Diário de Notícias foi quem perdeu menos: apenas 450 compradores por dia. Mas o Público, cuja tiragem continua a ser superior à do DN, perdeu 3.700 compradores por dia. É claro que as contas podem ser feitas de outra maneira. Se, em vez de comparar o 1.º trimestre de 2006 com o 1.º de 2007, compararmos dois trimestres seguidos — o 4.º de 2006 com o 1.º de 2007 —, vemos que o Público, ao invés de perder, ganhou compradores: 708 por dia. E o mesmo acontece com o Correio da Manhã, que nesse período ganhou 5.484 compradores. Como o 1.º trimestre de 2007 coincide com a refundação do jornal da Sonae, ocorrida a 13 de Fevereiro, pode-se concluir que a expectativa foi positiva relativamente ao Público (tanto assim foi que a evolução mensal, entre Janeiro e Março de 2007, correspondeu a mais 5.383 exemplares vendidos por dia). O contrário do que aconteceu com o DN e o 24 Horas, ambos da Cofina, que mudaram as suas direcções nesse período, tendo perdido compradores. Entre o 4.º trimestre de 2006 e o 1.º de 2007, o DN perdeu 4.029 compradores por dia, e o 24 Horas perdeu 4.364 (ou seja, 10% e 11%, respectivamente). Tudo visto, custa a acreditar que o conjunto dos cinco jornais diários, pagos, não consiga mais do que vender 309.943 exemplares por dia. É muito pouco, mesmo num país pequeno e pobre. Ah! Parece que os gratuitos, que já são quatro, distribuem meio milhão de exemplares todas as manhãs.... Ooopss!
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