...Lady Chatterley
(Marina Hands)
D. H. Lawrence [1885-1930] nunca me entusiasmou por aí além. Vítima do puritanismo inglês, teve várias das suas obras no índex. The Rainbow, um romance de 1915, foi uma delas: considerada obscena, foi apreendida. Em 1928, uma sua exposição de pintura também foi fechada pela polícia. Além de pintar e escrever romances, publicou contos, poemas, ensaios sobre vários temas (em particular a literatura norte-americana) e crítica literária. Passou de raspão pelo grupo do Bloomsbury, mas a sua declarada homofobia incomodava os amigos de Virginia Woolf. Adversário daquilo a que chamava com azedume a civilização democrática, pacifista e refractário ao serviço militar, refugiou-se em Garsington Manor durante a primeira Grande Guerra. Isso não o impediu de retratar Lady Ottoline Morrell, a generosa anfitriã desses anos, como ele o fez em Women in Love (1920; ela é Hermione). Vários filmes foram feitos a partir dos seus livros, desde logo Lady Chatterley's Lover, o romance de 1928 que só em 1952 pôde ser editado (no Reino Unido...) sem rasura das cenas de sexo explícito. A versão mais recente, da cineasta francesa Pascale Ferran anda num cinema perto de si. Leia a entrevista a Vasco Câmara no Ípsilon...
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