Se Berardo fosse uma obra de arte, ele próprio ter-se-ia comprado a Andy Warhol, que por sua vez teria feito vários exemplares: um para a PT, outro para o BCP, outro para o Benfica, outro para...
De Berardo, diz-se por aí que é um homem com olho em terra de cegos. Dizem mesmo que tem um olho enorme. Mas acho que é ao contrário. Berardo é dos poucos que ainda tem o olho pequenino.
A esquerda portuguesa está em estado de choque, está perplexa, confundida e sem alento face ao paradoxo. Tudo, na sequência da abertura de um museu por um capitalista selvagem que luta pela manutenção das grandes empresas no controlo do estado, faz frente a velhos capitalistas da Opus Dei e que ainda por cima quer comprar o Benfica, porque diz ter o coração vermelho...
Berardo parece querer que o Benfica comece a estagiar no seu Museu. A próxima temporada do Benfica arrisca-se a ser pródiga em jogadas abstractas, passes surrealistas e golos pop. Em linha com o passado, podem também continuar as vitórias minimalistas.
Berardo conta que o primeiro quadro que comprou na vida foi a Mona Lisa. A mulher de Berardo, que assistiu perplexa à compra, foi quem lhe explicou depois tratar-se de uma reprodução. Berardo sentiu-se traído. A mulher já afirmou que desta vez não lhe vai explicar nada sobre as acções do Benfica.
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