"O governador do Banco de Portugal (pago a peso de ouro) considerou que, nesta altura, uma redução de impostos não iria ter um efeito "muito estimulante" na economia do país, porque iria fomentar mais a poupança do que o consumo."
Uma descida de impostos pode não ter um efeito muito estimulante sobre a economia visto que os agentes económicos que beneficiariam dessa redução de impostos iriam alimentar a sua poupança e não necessariamente gastar aquilo que decorria da redução dos impostos", sustentou Vítor Constâncio.
Por esta razão, o governador reiterou que uma redução de impostos é neste momento "prematura", uma vez que o Governo tem ainda a cumprir até 2010 o resto do "exigente" programa de redução do défice orçamental.
Vítor Constâncio falava hoje no VI Fórum banca e mercado de capitais, promovido pelo "Diário Económico", onde o presidente do BES, Ricardo Salgado, defendeu que o Governo deveria apostar precisamente por uma redução de impostos uma vez que já "tem margem" para que isso aconteça.
Ontem, o primeiro-ministro afirmou que é cedo ainda para baixar os impostos, argumentando que falta conhecer os números da economia no primeiro trimestre do ano, bem como assegurar que o défice público ficou efectivamente abaixo dos três por cento do Produto Interno Bruto no ano passado.
Para além destes elementos internos, José Sócrates defendeu ainda que seria necessário avaliar o impacto da crise financeira internacional e só depois de ter todos este dados é que estaria em condições de tomar uma decisão em matéria de política fiscal. "
Comentário inusitado:
A Europa está moribunda e este é um facto. Os coveiros são conhecidos e sabem muito de economia.
Outro dia ouvia um, com muita prosápia que se recusa ficar á frente de um partido em crise, e arrogante quanto baste, mas não sei se foi um dos gestores que viram reduzidos os seus pobres salários devido à crise subprime.
Trago o exemplo do Japão, por ser uma excepção.
O consenso ocidental queria obrigar este país a baixar os impostos, a expandir a despesa pública e a incorrer em défices orçamentais. As causas são difíceis de perceber, depende das cabeças.
Mas vejam a comparação se é que se pode:
O Japão tem uma propensão para aumentar as poupanças em tempo de crise.
A convicção do corte nos impostos levaria a um aumento ainda maior das poupanças.
As medidas seriam, voltando atrás, para combater a deflação.
Por cá, não existe política do banco central, existe política orientada pelos organismos que deveria regular e fiscalizar.
Isto, voltando atrás, outra vez, aconteceu até há pouco tempo no Japão, a crise subprime alterou muita coisa e muitas exigências dos consensos ocidentais acabaram. O ocidente nada tem a ensinar aos japoneses e agora pouco podem exigir.
Portanto o que se pode concluir, por cá?
Que estão em desacordo? Ou que as palavras são apenas isso, palavras? (...)
“Diz isto, para fazeres aquilo e assim preparas o cenário do teatrinho de marionetes.”
São uma ventoinhas faladoras…
Trago o exemplo do Japão, por ser uma excepção.
O consenso ocidental queria obrigar este país a baixar os impostos, a expandir a despesa pública e a incorrer em défices orçamentais. As causas são difíceis de perceber, depende das cabeças.
Mas vejam a comparação se é que se pode:
O Japão tem uma propensão para aumentar as poupanças em tempo de crise.
A convicção do corte nos impostos levaria a um aumento ainda maior das poupanças.
As medidas seriam, voltando atrás, para combater a deflação.
Por cá, não existe política do banco central, existe política orientada pelos organismos que deveria regular e fiscalizar.
Isto, voltando atrás, outra vez, aconteceu até há pouco tempo no Japão, a crise subprime alterou muita coisa e muitas exigências dos consensos ocidentais acabaram. O ocidente nada tem a ensinar aos japoneses e agora pouco podem exigir.
Portanto o que se pode concluir, por cá?
Que estão em desacordo? Ou que as palavras são apenas isso, palavras? (...)
“Diz isto, para fazeres aquilo e assim preparas o cenário do teatrinho de marionetes.”
São uma ventoinhas faladoras…