A primeira vez que se ouve Jorge Jesus dizer que quer dar luta até ao fim, não se imagina que o treinador do Benfica esteja a ser literal.
À segunda, já depois de o ter visto dar luta a Luís Alberto no fim do jogo com o Nacional, desconfia-se.
E à terceira, quando o vemos dar luta a meia equipa do Marítimo, dirigentes incluídos, assim à moda do "quantos são? quantos são?", percebemos que quando Jesus falava em dar luta até ao fim só estava a pecar por defeito: o treinador do Benfica dá luta mesmo muito depois do fim.
Para trás ficam preocupações mais católicas, coisas de um Jesus diferente, que falava em oferecer a outra face. E, no entanto, tanto este como o outro conseguem verdadeiros milagres. Se o original conseguia fazer os cegos ver, este consegue cegar os árbitros que nunca vêem aquilo que se passa à frente dos respectivos narizes e salta aos olhos de toda a gente.
Por outro lado, bem vistas as coisas, isso nem sequer é assim um grande milagre. Milagre a sério será ver outro treinador fazer o mesmo sem consequências.
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