Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

O Discurso do Rei



O Discurso do Rei (The King's Speech, 2010). De Tom Hooper e com o britânico Colin Firth e o australiano Geoffrey Rush, já galardoado em 1996 com o Óscar de melhor actor pelo seu desempenho em Simplesmente Genial, Helena Bonham Carter e Derek Jacobi, recebeu 4 óscares da Academia:

Melhor filme
Melhor argumento original: David Seidler
Melhor realizador: Tom Hooper
Melhor actor: Colin Firth


Trata-se de um bom filme, com um tema interessante mas que, na minha opinião acaba por perder o interessante da verdadeira história. Posso dizer que até passa ao lado da verdadeira história. Afinal trata-se de dois irmãos, ambos reis, separados por preconceitos morais e num ambiente que antecede a 2ª Guerra Mundial. O ênfase roda à volta da gaguez. Que pena, digo eu.
Os tempos eram difíceis para o Mundo, e para os ingleses em particular. A Abissínia acabara de ser ocupada pelas tropas de Mussolini e Hitler já apontava os seus canhões à Áustria. A Guerra Civil espanhola era já sangrenta.
Em Inglaterra, o rei-imperador Jorge V, neto da rainha Vitória, tinha a sucessão garantida para o filho mais velho, David, que viria a adoptar o nome de Eduardo VIII ao subir ao trono, em Janeiro de 1936. O seu irmão mais novo, Alberto, Duque de York, pai da actual Rainha Isabel II, (e que mais tarde tomaria o nome de Jorge VI) nunca sonhara com a coroa e a sua amizade com o irmão era muito forte, ainda que os seus feitios fossem realmente opostos. O mais velho estava sempre nas colunas sociais, destacando-se como frívolo e extrovertido, ao passo que o seu irmão, talvez devido à gaguez, era extraordináriamente tímido.
Diz-se que Eduardo tinha tendências pró-nazis. Isso ter-lhe-á mesmo custado o trono, pois uma poderosa força interna, encabeçada pelo primeiro-ministro conservador Stanley Baldwin e apoiada pela classe política britânica, acabaram por levá-lo a renunciar ao trono. Tal ocorreu em 1935, em pleno mês de Dezembro, através dos microfones da rádio BBC. O argumento divulgado à Nação prendeu-se com a sua intenção de contrair matrimónio com Wallis Simpson, uma americana divorciada. Um escândalo segundo os cânones da época. Assim Eduardo VIII "partiu para o exílio" e acabou por ser Jorge VI a subir ao um trono. A partir daí, os dois irmãos, que tanto se estimavam, praticamente nunca mais se viram.
Ora digam lá se não podia ser um filme grandioso? Claro que podia.
Assim ficamos pelo menos importante: na gaguez de Jorge VI e nos esforços que fez para se curar. Que pena.

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