Notícias recentes dão-nos conta de que o Governo Português está a preparar-se para, a partir de Janeiro de 2012, dar a maior machadada no ensino do português no estrangeiro de que há memória, colocando em risco a sua existência.
É necessário agir rapidamente. Por isso, proponho a formação imediata de uma Comissão para a Defesa do Ensino e convido-os a integrá-la. É muito importante a vossa participação.
Fico a aguardar a sua resposta, de modo a podermos marcar rapidamente uma reunião com todos os interessados.
Cordialmente,
Raul Lopes
Presidente da Associação Portuguesa Cultural e Social de Garches
Telemóvel: 06 12 86 16 03
NOTA: Porque possuo poucos contactos, agradeço aos caros amigos que façam o favor de reexpedir esta mensagem a outros eventuais interessados. Conto convosco!
Extinção definitiva e irreversível do Ensino Português no Estrangeiro
Aos grupos parlamentares
Aos órgãos de comunicação social
Aos partidos políticos
Aos Conselheiros das Comunidades
Ex. mas Senhoras
Ex. mos Senhores
O sistema de Ensino Português no Estrangeiro (EPE) está a ser sistematicamente destruído por quem o mais deveria prezar, os responsáveis pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e Instituto Camões.
Esta destruição iniciou-se pouco depois da passagem oficial da tutela do EPE para o ICA, em Fevereiro de 2010, com a forte redução de horas para os professores de apoio, seguida pelos cortes drásticos efectuados na rede de ensino para o presente ano lectivo, em que foram eliminados cerca de 100 horários do ensino básico e secundário.
Agora, poucos meses apôs o início das aulas nos vários países da Europa, comunicou a Presidente do Instituto Camões, Dra. Ana Paula Laborinho, o regresso, as escolas de origem em Portugal, a partir de Janeiro de 2012, de 50 professores do EPE.
Estes professores não serão substituídos. Cerca de 5.000 alunos ficarão sem aulas até ao final do presente ano lectivo e com pouquíssimas possibilidades de as voltar a ter, pois os professores encontram-se já sobrecarregados com um número excessivo de alunos e deslocações entre cursos, sendo na prática impossível aglomerar mais grupos ou mais horas nos horários da maioria dos docentes.
Actualmente existem apenas 525 professores do ensino básico e secundário no EPE. A partir de Janeiro serão 475. No próximo ano lectivo serão ainda menos, pois haverá nova reestruturarão da rede com os inevitáveis cortes de horários.
Provavelmente ficarão a rondar os 400, ou até menos.
Pouco mais de 500 professores que o Estado português diz não ter possibilidades financeiras de manter no estrangeiro para leccionarem a língua e cultura de origem aos filhos dos trabalhadores portugueses, aqueles que enviam anualmente milhões para Portugal.
A alternativa, muito alardoada pelo Dr. José Cesário, actual Secretário de Estado das Comunidades, e pela Sra. Presidente do ICA, será, no futuro, o ensino à distância através da Internet.
Ensino à distância para uma população escolar composta em quase 60 % por alunos do 1° ao 6° ano de escolaridade. Só quem nada entende do ensino a crianças e jovens ou quem tenta salvar a imagem política através de uma alternativa utópica e inaceitável pode ter coragem de apresentar uma alternativa semelhante.
E só tecnocratas unicamente com visão para as vantagens económicas podem ser desumanos ao ponto de, com menos de 2 meses de antecedência, fazerem regressar as escolas de origem professores que em muitos casos leccionam no estrangeiro há 30 ou mais anos e que, muito compreensivelmente, tem aqui as suas vidas, as suas famílias, os seus filhos em idade escolar, os seus compromissos financeiros, enfim, tudo aquilo que faz parte da vida de uma pessoa normal.
Mas, como se pode ver, para o SECP e o ICA estes professores não são pessoas normais. Têm estatuto de objectos, que se colocam ou retiram conforme as conveniências.
Assim, o balanço do fim de 2011, no EPE, será o seguinte: 5.000 alunos sem aulas e 50 professores desiludidos, amargurados, certamente desesperados por terem de deixar os seus lares e as suas famílias se não quiserem optar pelo desemprego.
Não há crise económica que justifique tal desrespeito e indiferença por alunos, pais, professores e as comunidades portuguesas em geral.
Estamos perante um genocídio cultural que nenhumas vantagens financeiras trará à economia do pais, mas que causará danos irreversíveis e irreparáveis a nossa língua e cultura no estrangeiro.
Apelamos para o vosso apoio.
Nuremberga, Alemanha
12 de Novembro de 2011
Maria Teresa Nóbrega Duarte Soares
Secretária-Geral
É necessário agir rapidamente. Por isso, proponho a formação imediata de uma Comissão para a Defesa do Ensino e convido-os a integrá-la. É muito importante a vossa participação.
Fico a aguardar a sua resposta, de modo a podermos marcar rapidamente uma reunião com todos os interessados.
Cordialmente,
Raul Lopes
Presidente da Associação Portuguesa Cultural e Social de Garches
Telemóvel: 06 12 86 16 03
NOTA: Porque possuo poucos contactos, agradeço aos caros amigos que façam o favor de reexpedir esta mensagem a outros eventuais interessados. Conto convosco!
Extinção definitiva e irreversível do Ensino Português no Estrangeiro
Aos grupos parlamentares
Aos órgãos de comunicação social
Aos partidos políticos
Aos Conselheiros das Comunidades
Ex. mas Senhoras
Ex. mos Senhores
O sistema de Ensino Português no Estrangeiro (EPE) está a ser sistematicamente destruído por quem o mais deveria prezar, os responsáveis pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e Instituto Camões.
Esta destruição iniciou-se pouco depois da passagem oficial da tutela do EPE para o ICA, em Fevereiro de 2010, com a forte redução de horas para os professores de apoio, seguida pelos cortes drásticos efectuados na rede de ensino para o presente ano lectivo, em que foram eliminados cerca de 100 horários do ensino básico e secundário.
Agora, poucos meses apôs o início das aulas nos vários países da Europa, comunicou a Presidente do Instituto Camões, Dra. Ana Paula Laborinho, o regresso, as escolas de origem em Portugal, a partir de Janeiro de 2012, de 50 professores do EPE.
Estes professores não serão substituídos. Cerca de 5.000 alunos ficarão sem aulas até ao final do presente ano lectivo e com pouquíssimas possibilidades de as voltar a ter, pois os professores encontram-se já sobrecarregados com um número excessivo de alunos e deslocações entre cursos, sendo na prática impossível aglomerar mais grupos ou mais horas nos horários da maioria dos docentes.
Actualmente existem apenas 525 professores do ensino básico e secundário no EPE. A partir de Janeiro serão 475. No próximo ano lectivo serão ainda menos, pois haverá nova reestruturarão da rede com os inevitáveis cortes de horários.
Provavelmente ficarão a rondar os 400, ou até menos.
Pouco mais de 500 professores que o Estado português diz não ter possibilidades financeiras de manter no estrangeiro para leccionarem a língua e cultura de origem aos filhos dos trabalhadores portugueses, aqueles que enviam anualmente milhões para Portugal.
A alternativa, muito alardoada pelo Dr. José Cesário, actual Secretário de Estado das Comunidades, e pela Sra. Presidente do ICA, será, no futuro, o ensino à distância através da Internet.
Ensino à distância para uma população escolar composta em quase 60 % por alunos do 1° ao 6° ano de escolaridade. Só quem nada entende do ensino a crianças e jovens ou quem tenta salvar a imagem política através de uma alternativa utópica e inaceitável pode ter coragem de apresentar uma alternativa semelhante.
E só tecnocratas unicamente com visão para as vantagens económicas podem ser desumanos ao ponto de, com menos de 2 meses de antecedência, fazerem regressar as escolas de origem professores que em muitos casos leccionam no estrangeiro há 30 ou mais anos e que, muito compreensivelmente, tem aqui as suas vidas, as suas famílias, os seus filhos em idade escolar, os seus compromissos financeiros, enfim, tudo aquilo que faz parte da vida de uma pessoa normal.
Mas, como se pode ver, para o SECP e o ICA estes professores não são pessoas normais. Têm estatuto de objectos, que se colocam ou retiram conforme as conveniências.
Assim, o balanço do fim de 2011, no EPE, será o seguinte: 5.000 alunos sem aulas e 50 professores desiludidos, amargurados, certamente desesperados por terem de deixar os seus lares e as suas famílias se não quiserem optar pelo desemprego.
Não há crise económica que justifique tal desrespeito e indiferença por alunos, pais, professores e as comunidades portuguesas em geral.
Estamos perante um genocídio cultural que nenhumas vantagens financeiras trará à economia do pais, mas que causará danos irreversíveis e irreparáveis a nossa língua e cultura no estrangeiro.
Apelamos para o vosso apoio.
Nuremberga, Alemanha
12 de Novembro de 2011
Maria Teresa Nóbrega Duarte Soares
Secretária-Geral
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