No dia Internacional pelos Rios, hoje (14 de Março) comemorado, várias organizações ambientais unem-se em protesto contra a barragem de Foz Tua. Apesar das evidências do valor patrimonial e económico do vale do Tua, a EDP e o Governo vão avançar com a construção da barragem de Foz Tua.
A barragem de Foz Tua produzirá apenas 0,1% da energia do País, com um custo do kWh duas vezes mais caro que o sistema electroprodutor presente e dez vezes mais caro que investimentos alternativos em poupança de energia. A barragem implica a destruição de um dos mais belos rios da Europa, a possível desclassificação pela UNESCO do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da Humanidade, a degradação da qualidade da água e a destruição de solos agrícolas, de paisagens únicas e de ecossistemas raros, bem como do potencial turístico da região, cujo exemplo mais desolador é a submersão da linha de comboio centenária do Tua.
As associações defensoras da conservação da natureza, Geota, LPN, Quercus e Coagret, afirmam que “não vamos assistir inactivos à destruição de património de valor único, que pertence a todos, e vamos protestar concentrando-nos em Foz Tua por ocasião do DIA INTERNACIONAL PELOS RIOS, dia 14 de Março. Do DIA 10 AO DIA 18 DE MARÇO vamos fazer um acampamento pela preservação do Vale do Tua, que termina numa concentração junto à barragem no dia 17 de Março, numa censura pública aos seus promotores.”
Vamos partilhar a realidade e a cultura da comunidade local, que sofre com a desertificação e despovoamento da região do Vale do Tua, agravado agora com a construção da barragem.
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