O estado, lisboeta e por isso centralista e colonialista, tem, a pouco e pouco concentrado na capital o que pode sacanera ao país. Fecharam escolas, esquadras, os poucos serviços públicos localizados fora da capital, os postos de saúde, hospitais, agora as juntas de freguesia também têm fim certo. Reduziram em nome da crise e de uma coisa chamada troika...
MAS, as tão badaladas e prometidas reformas na gorda máquina do estado, praticamente concentrada na órbita lisboeta, continuam sem prazo: mantêm-se os institutos de carácter duvidoso, as fundações fantoche continuam a funcionar, os ministérios continuam a admitir "motoristas" e outros fulanos, todos eles muito bem remunerados, as parcerias público privadas continuam a sacar pilim dos nossos impostos, nalguns caso em duplicado (como a Lusoponte), os incompetentes e vigaristas mantêm-se nos cargos porque "despedi-los (mesmo com justa causa) é muito caro" e até se arranja um tacho nomeaando outros gestores para coordenar os gestores corruptos ou ineficazes.... Não vemos fusões, não vemos reduções, não vemos extinções. No governo de lisboa não se mexe uma palha. Pudera...
É isto o estado lisboeta: nele cabem todos os biltres. Os dos partidos no poder, da oposição e quejandos. Nele cabem todas as instituições, desde o Presidente da República (aquele a quem se deve a afirmação de que investir em lisboa era investir no país devido ao famoso efeito difusor), ao Presidente do Parlamento e a todos aqueles que possuem poderes de decisão.
Na zona da capital nada falta: estradas, auto-estradas, scuts gratuítas, hospitais e postos de saúde. Subsídios e jantares pagos, mordomias e brochuras em papel "couché" ou lá como se diz. Os senhores ministros e respectivos secretários de estado continuam a manter os seus 35 motoristas e 17 sectretárias, juntando-se a estes os 87 boys e girls do staff. Continuam a mamar. Continuam a tratar o resto do país como se este fora um colónia. Está-lhes no sangue. Sugar os outros e nada produzir.
Entretanto poupam nos serviços. Poupam na saúde das pessoas. Poupam na educação. Aumentam os imspostos, reduzindo os nossos salários por essa via e reduzindo os rendimentos disponíveis. Aumenta o desemprego, aumentam assustadoramente as mortes dos nossos concidadãos. Assim aconteceu no hospital de Chaves: o assassínio de uma idosa de 79 anos, que na passada sexta-feira, após um enfarte agudo de miocárdio.
A mulher terá morrido no hospital flaviense à espera do helicópetero do INEM e após algum tempo de discussão entre os hospitais de Chaves e Vila Real sobre que unidade deveria tratar a doente.
O hospital de Chaves está sem serviço de Cardiologia à noite e ao fim-de-semana desde Dezembro do ano passado, altura em que o Centro Hospitalar ficou sem aquele serviço, até então assegurado por dois cardiologistas. Desde então, casos urgentes da especialidade são encaminhados para Vila Real, onde existe a chamada Via Verde Coronária.
Morreu, foi, podemos dizê-lo com toda a propriedade assassinada. O aparelho de estado é culpado. Todos eles.
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