O regime comunista da China, liderado por Mao Tse Tung (1893-1976), ordenou a invasão do Tibete em 1950. 40 000 soldados chineses, numa altura em que as atenções do mundo se centravam na Coreia, entraram em Outubro daquele ano em Lhassa, capital histórica do Tibete. Nenhum estado soberano estrangeiro apoiou o Tibete ou foi em seu socorro, pelo que em 1951 o país ficou sob controlo total da China. A Índia reconheceu, pelocontrário, o Tibete como região chinesa em 1954. Gradualmente, a China começa a manipular a hierarquia religiosa, mantendo lamas "fantoches" e promovendo grandes obras para acabar com isolamento do Tibete,como a estrada Lhassa-Xinjiang, embora com trabalhadores tibetanos forçados. Por outro lado, a imigração chinesa para o Tibete começa, de forma a procurar criar-se uma base étnica que suporte a soberania de Pequim no território.
As insurreições sucedem-se um pouco por todo o Tibete, cada vez mais ao longo da década de 50, com violentas repressões chinesas. Assim foi em 1956 no Tibete oriental, estendendo-se à capital, Lhassa. A intervenção chinesa culminou na derrota da revolução tibetana em 1959, com a perda de milhares de vidas entre os revoltosose os bombardeamentos de mosteiros e aldeias. O 14.º Dalai Lama, Tenzin Gyatso e mais 100 000 seguidores fugiram então para a Índia, onde estabeleceram uma capital no exílio, Dharamsala, com um governo tibetano.
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