O Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) é dos principais solicitadores de bilhetes para os jogos do Benfica. Ou, pelo menos, era em 2012 e 2013, a avaliar pela extensa lista de emails ontem revelada nas redes sociais. Inclusive, há um email enviado pelo então secretário de Luís Filipe Vieira, Orlando Dias, à responsável pelo protocolo das águias, Ana Paula Godinho, a dar conta de um telefonema do IPDJ, por parte do presidente do organismo, Augusto Baganha, "a interceder dois convites" para o líder do conselho diretivo do Instituto de Segurança Social – na altura, Luís Monteiro.
Os pedidos do IPDJ, como se constata na alegada correspondência divulgada, num total de 16 gigabytes, são vários. Pode ver-se um email em que a secretária do conselho diretivo solicita bilhetes para a diretora do departamento de recursos humanos, financeiros e patrimoniais, Sílvia Alves, extensivo às "duas filhas, ao pai e ao marido", referindo que "são adeptos e que nunca foram ao estádio do Benfica". Na comunicação, acaba por ser citado o então vice-presidente João Bibe [do IPDJ], que "fazia muito gosto que tivessem essa possibilidade, pelo que dois bilhetes não viabiliza esse desejo".
Os pedidos de ingressos são de vários quadrantes – governantes, autarcas, militares da Brigada de Trânsito... –, mas o IPDJ tem estado na mira de FC Porto e Sporting, por, na ótica de dragões e leões, fechar os olhos à não legalização das claques encarnadas. Ainda esta semana, o diretor de comunicação dos portistas, Francisco J. Marques, questionou a dualidade de critérios do organismo neste tema. No início de época, o instituto anulou a interdição da Luz, após o Benfica ter apresentado um novo regulamento de segurança, como explicaria Baganha, em novembro. E sublinhou que os grupos organizados de adeptos do Benfica "não tem sido um problema para o IPDJ e para a polícia".
Ao nosso jornal, fonte oficial do Benfica sublinhou que o emblema da Luz não irá reagir a este tipo de temática de divulgação de emails. "São crimes", suportou.
Embaixada em troca de 'favores'
Na extensa listagem de emails divulgados com pedidos de várias embaixadas, está um onde aparenta existir uma retribuição de Luís Filipe Vieira por alguma ajuda de um funcionário da Embaixada de Moçambique em Portugal na atribuição de vistos para uma empresa pessoal do presidente benfiquista. O documento é de 11 de abril de 2013 e teve como intermediários Orlando Dias, na altura secretário de Vieira, e Ana Paula Godinho. "O senhor Jaime Dias, responsável pela secção de vistos da Embaixada de Moçambique – que tem sido inexcedível nos ‘vistos’ para a empresa do presidente – mostrou interesse em assistir ao jogo de 2.ª feira" – no caso, contra o P. Ferreira, das meias-finais da Taça de Portugal.
Ao nosso jornal, fonte oficial do Benfica sublinhou que o emblema da Luz não irá reagir a este tipo de temática de divulgação de emails. "São crimes", suportou.
Embaixada em troca de 'favores'
Na extensa listagem de emails divulgados com pedidos de várias embaixadas, está um onde aparenta existir uma retribuição de Luís Filipe Vieira por alguma ajuda de um funcionário da Embaixada de Moçambique em Portugal na atribuição de vistos para uma empresa pessoal do presidente benfiquista. O documento é de 11 de abril de 2013 e teve como intermediários Orlando Dias, na altura secretário de Vieira, e Ana Paula Godinho. "O senhor Jaime Dias, responsável pela secção de vistos da Embaixada de Moçambique – que tem sido inexcedível nos ‘vistos’ para a empresa do presidente – mostrou interesse em assistir ao jogo de 2.ª feira" – no caso, contra o P. Ferreira, das meias-finais da Taça de Portugal.
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