Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Percurso Cultural aproveitou o Dia Mundial da Água para ir à descoberta do Rio Frio


O ciclo de Percursos Culturais assinalou o Dia Mundial da Água, na quinta-feira passada, com a segunda edição da sessão "Pelo trilho do Rio Frio", na zona antiga da cidade.

Celebrado desde 1993 a 21 de Fevereiro, por declaração da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o Dia Mundial da Água é assim aproveitado para recuperar histórias relacionadas com o Rio Frio, que nasce da confluência de pequenos regatos, no Carregal. Dali, passando pelas Virtudes, desce até Miragaia e desagua no Rio Douro.

Percorrer o traçado do Rio Frio e observar as transformações na paisagem foi o que se propôs naquele percurso, que tem início (...) no Jardim de Carrilho Videira (Carregal) e foi orientado pelo técnico municipal Manuel Araújo.

Também chamado Rio do Carregal e Rio das Virtudes, o Rio Frio está actualmente entubado, pelo que o seu percurso é pouco conhecido, o mesmo acontecendo até com a sua existência. Não obstante, está ligado a vários dos locais por onde passa, começando logo pelo Jardim de Carrilho Videira, que é conhecido por "Jardim do Carregal" porque "Carregas" são as plantas características de terrenos pantanosos.

O rio passa ainda sob o Hospital de Santo António (o seu leito foi rebaixado aquando da construção do Túnel de Ceuta) até à zona das Virtudes. Este nome e o da Porta das Virtudes da Muralha Fernandina, aliás, terão surgido por extensão do nome do rio, a cujas águas eram atribuídas propriedades medicinais.

Ainda aí, pode ser admirada a Fonte do Rio Frio (na foto), a que alguns chamam Chafariz das Virtudes ou Fonte de Nossa Senhora das Virtudes, que o Rio Frio alimentou desde a sua construção, em 1619, até à substituição pelo Chafariz da Rua das Taipas, no final do século XVIII. Mandada construir pela Câmara do Porto, para aproveitamento das águas de várias minas da cidade, foi edificada segundo desenho de Pantaleão de Seabra e Sousa, Fidalgo da Casa Real e Regedor da cidade. É composta por um alto frontão encimado pelas armas reais. Ao centro um nicho, agora vazio, albergava a imagem de Nossa Senhora que, juntamente com os castelos, representa as armas da cidade. Ainda hoje se percebe que foi a mais imponente fonte da cidade do Porto, sendo, aliás, Monumento Nacional.

O Rio Frio abastecia também a Fonte da Colher, cujo nome derivava do nome do imposto que serviu em parte para custear a sua construção, em 1491, e que está classificada como Imóvel de Interesse Público. Finalmente, desagua no Douro por baixo do edifício da Alfândega Nova.

(...)

Mais informações através do email percursos.culturais@cm-porto.pt ou do telefone 223 393 480.  [daqui]

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