É criada a Gestapo. A Gestapo, ou a polícia secreta, era a garantia do completo domínio da população pelo Partido Nazista. Só ela, contava 500.000 homens, pelo menos; e tinha preparado, até os mínimos detalhes, todas as defesas contra uma possível revolução interna. Ninhos de metralhadora disfarçados em pavilhões de pedra, ou de abrigos contra bombardeio destinados ao pessoal, foram instalados nas estações de estrada de ferro e nas encruzilhadas de tráfego das grandes cidades. Soldados das Tropas de Assalto (SS), armados com fuzis automáticos, ocupavam as casas de esquina com importância estratégica.
A Gestapo, na sua incessante caça aos inimigos do partido, empregava processos que deixavam a perder de vista os métodos inquisitoriais da Idade Média. Mantinham uma atmosfera de terror. Só se faziam prisões a altas horas da madrugada; os homens encarregados da captura, propositadamente taciturnos e carrancudos, não ofereciam qualquer explicação aos presos nem às famílias, e a uns e outros se procurava dar a impressão de que o destino imediato do sinistro cortejo --- era a forca.
Naqueles casos em que o terror só por si mostrava ser ineficaz, a Gestapo não hesitava em incitar e provocar à rebelião. Quando os chefes da polícia alemã ouviam dizer que andavam rumores de rebelião em qualquer lugar do país, era freqüente mandarem logo um agitador para organizar uma conspiração. E, uma vez descoberta convenientemente a revolta, lá vinha a Gestapo de surpresa para prender os ingênuos que se deixaram levar no engodo dos provocadores.
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