Era o duelo mais promissor da 90.ª edição dos Pulitzer - e ganhou quem apostou em Geraldine Brooks (australiana, ex-jornalista do Wall Street Journal, no seu segundo romance) contra E. L. Doctorow (judeu americano, escritor, multipremiado). Entre dois romances históricos praticamente homónimos sobre a Guerra da Secessão, talvez o tema fundador da literatura norte-americana (March, de Brooks, e The March, de Doctorow, que já tinha ganho o National Book Critics Circle), o júri do prémio de ficção preferiu o engenhoso exercício de Geraldine Brooks, que recupera em March uma figura emblemática do imaginário dos EUA: o pai ausente das Mulherzinhas, de Louisa May Alcott. A ex-grande repórter do Wall Street Journal para as questões das Nações Unidas - acompanhou diversas missões no Médio Oriente, na Bósnia e na Somália - recuperou a personagem de John March e transformou-a em protagonista de um romance que faz o contraponto do universo doméstico e resguardado de Mulherzinhas no campo minado da guerra em directo. Depois de Years of Wonder, March é o segundo romance de Geraldine Brooks, que tem também dois ensaios publicados: Nove Partes de Desejo - O Mundo Escondido das Mulheres Islâmicas (ed. Campo das Letras) e Foreign Correspondence.
(fonte: Público)
(fonte: Público)
Aqui estão os vencedores dos Pulitzer de 2006.
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