Defesas apontam discrepâncias nos testemunhos de Carolina Salgado
As defesas do presidente do F. C. Porto, Pinto da Costa, do empresário António Araújo e do árbitro Augusto Duarte sublinharam várias discrepâncias em declarações prestadas por Carolina Salgado, testemunha do Ministério Público no chamado "caso do envelope".
Na quarta sessão deste julgamento, um apêndice do processo Apito Dourado, o advogado Gil Moreira dos Santos (de Pinto da Costa) começou por apresentar um requerimento solicitando a junção aos autos de um despacho do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto no qual se determinava o arquivamento de uma queixa-crime de Carolina Salgado contra Paulo Lemos (amigo) e se participava ao Ministério Público da Comarca de Fronteira (onde agora reside Carolina) para procedimento criminal por falso testemunho da ex-companheira de Pinto da Costa.
Paulo Lemos é testemunha neste processo, arrolada pela defesa de Pinto da Costa.
A juíza aceitou a junção, por entender que "é susceptível de indiciar eventual incompatibilidade entre as referidas testemunhas".
O processo do "caso do envelope" é um apêndice do mega-processo Apito Dourado e tem como génese casos de alegada corrupção e tráfico de influências no futebol profissional e na arbitragem portuguesa.
Pinto da Costa e António Araújo estão pronunciados pelo crime de corrupção desportiva activa e ao árbitro Augusto Duarte é imputado o crime de corrupção desportiva passiva.
Na sessão de hoje, a defesa dos arguidos utilizou como estratégia, bem sucedida, a procura de declarações discrepantes prestadas por Carolina Salgado, em momentos distintos, à Polícia Judiciária (PJ), durante a fase de instrução e na primeira audiência deste julgamento.
O enfoque da acusação foi a localização da casa onde se encontrava a cómoda, na qual, alegadamente, estava o dinheiro para os subornos às equipas de arbitragem.
Carolina Salgado tinha afirmado, inicialmente, a existência de duas cómodas com dinheiro: uma na casa da Madalena (como refere o livro "Eu, Carolina") e outra na habitação da Rua do Clube de Caçadores, em Gaia.
Hoje, na audiência, Carolina Salgado apenas referiu a existência da cómoda da casa da Rua dos Caçadores.
Gil Moreira dos Santos questionou ainda a testemunha sobre o valor alegadamente entregue ao árbitro Augusto Duarte: Carolina Salgado tinha dito em Novembro de 2006 à PJ que o envelope continha entre 2.500 a 3.000 euros, embora relate no livro - que considerou hoje credível, embora com algumas gralhas - apenas o valor de 2.500, tal como lhe tinha dito na altura Pinto da Costa.
Outras questões colocadas por Gil Moreira dos Santos relacionaram-se com os destinos do dinheiro, assim como se no encontro entre Pinto da Costa e o árbitro esteve ou não sempre presente na sala o empresário António Araújo.
O advogado Marcelino Pires, representante de Augusto Duarte - hoje pela primeira vez presente no julgamento -, encontrou igualmente algumas discrepâncias nos testemunhos de Carolina Salgado, entre elas, uma primeira alusão ao encontro para o suborno como sendo na véspera de um Benfica-FC Porto de 2005/06 e não de um Beira-Mar-FC Porto de 2003/04.
Carolina considerou tratar-se de um lapso, que veio a rectificar depois.
O advogado João Machado Vaz, que defende o arguido António Araújo, questionou Carolina Salgado sobre se tinha visto Pinto da Costa a entregar o envelope a Augusto Duarte logo no início do referido encontro ou se durante o mesmo. Mais uma vez, as declarações de Carolina foram contraditórias, embora a testemunha tenha sempre refutado a estratégia da acusação.
As defesas do presidente do F. C. Porto, Pinto da Costa, do empresário António Araújo e do árbitro Augusto Duarte sublinharam várias discrepâncias em declarações prestadas por Carolina Salgado, testemunha do Ministério Público no chamado "caso do envelope".
Na quarta sessão deste julgamento, um apêndice do processo Apito Dourado, o advogado Gil Moreira dos Santos (de Pinto da Costa) começou por apresentar um requerimento solicitando a junção aos autos de um despacho do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto no qual se determinava o arquivamento de uma queixa-crime de Carolina Salgado contra Paulo Lemos (amigo) e se participava ao Ministério Público da Comarca de Fronteira (onde agora reside Carolina) para procedimento criminal por falso testemunho da ex-companheira de Pinto da Costa.
Paulo Lemos é testemunha neste processo, arrolada pela defesa de Pinto da Costa.
A juíza aceitou a junção, por entender que "é susceptível de indiciar eventual incompatibilidade entre as referidas testemunhas".
O processo do "caso do envelope" é um apêndice do mega-processo Apito Dourado e tem como génese casos de alegada corrupção e tráfico de influências no futebol profissional e na arbitragem portuguesa.
Pinto da Costa e António Araújo estão pronunciados pelo crime de corrupção desportiva activa e ao árbitro Augusto Duarte é imputado o crime de corrupção desportiva passiva.
Na sessão de hoje, a defesa dos arguidos utilizou como estratégia, bem sucedida, a procura de declarações discrepantes prestadas por Carolina Salgado, em momentos distintos, à Polícia Judiciária (PJ), durante a fase de instrução e na primeira audiência deste julgamento.
O enfoque da acusação foi a localização da casa onde se encontrava a cómoda, na qual, alegadamente, estava o dinheiro para os subornos às equipas de arbitragem.
Carolina Salgado tinha afirmado, inicialmente, a existência de duas cómodas com dinheiro: uma na casa da Madalena (como refere o livro "Eu, Carolina") e outra na habitação da Rua do Clube de Caçadores, em Gaia.
Hoje, na audiência, Carolina Salgado apenas referiu a existência da cómoda da casa da Rua dos Caçadores.
Gil Moreira dos Santos questionou ainda a testemunha sobre o valor alegadamente entregue ao árbitro Augusto Duarte: Carolina Salgado tinha dito em Novembro de 2006 à PJ que o envelope continha entre 2.500 a 3.000 euros, embora relate no livro - que considerou hoje credível, embora com algumas gralhas - apenas o valor de 2.500, tal como lhe tinha dito na altura Pinto da Costa.
Outras questões colocadas por Gil Moreira dos Santos relacionaram-se com os destinos do dinheiro, assim como se no encontro entre Pinto da Costa e o árbitro esteve ou não sempre presente na sala o empresário António Araújo.
O advogado Marcelino Pires, representante de Augusto Duarte - hoje pela primeira vez presente no julgamento -, encontrou igualmente algumas discrepâncias nos testemunhos de Carolina Salgado, entre elas, uma primeira alusão ao encontro para o suborno como sendo na véspera de um Benfica-FC Porto de 2005/06 e não de um Beira-Mar-FC Porto de 2003/04.
Carolina considerou tratar-se de um lapso, que veio a rectificar depois.
O advogado João Machado Vaz, que defende o arguido António Araújo, questionou Carolina Salgado sobre se tinha visto Pinto da Costa a entregar o envelope a Augusto Duarte logo no início do referido encontro ou se durante o mesmo. Mais uma vez, as declarações de Carolina foram contraditórias, embora a testemunha tenha sempre refutado a estratégia da acusação.
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