Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Finlandeses: a troca




Artigo publicado no jornal finlandês Ilto Sanomat:


O pacote de ajuda a Portugal foi marcante durante a campanha para as eleições parlamentares na Finlândia. Porém, poucos se lembram do que aconteceu há mais de 70 anos.
"Os finlandeses têm esquecido que Portugal enviou assistência durante a Guerra de Inverno" perguntou a TSF Rádio Notícias ao correspondente do Helsingin Sanomat, na quarta-feira.
Dois dias antes, o jornal português mais importante, o Diário de Notícias, também lembrou a ajuda de Portugal à Finlândia. O editorial foi intítulado "Portugal ajudou a Finlândia".
Talvez os finlandeses tenham esquecido o apoio de Portugal. Não se encontra qualquer referência nos livros de história (...).
Felizmente, os arquivos podem ser encontrados na Finlândia e em Portugal, entre a correspondência diplomática da primavera de 1940 (....)
Mostram que, a 14 De Março, um dia após o fim da Guerra de Inverno, o navio SS "Greta" deixou Portugal para levar até à Finlândia 19.902 caixas de sardinha, 956 caixas de cebola, 157 caixas de conservas de peixe, 27 caixas de abacaxi, e um conjunto de caixas com sacos de água quente, blusas e, aparentemente, uma doação de esquis.
Portugal deu um apoio significativo durante a Guerra de Inverno, Dr. Jari Leskinen (Professor-Adjunto de História Militar)?
- É claro que qualquer ajuda é necessária, mas não foi muito significativa. Será essa a razão para não ser mencionada nas obras de referência.
Que valor teria esse tipo de ajuda hoje em dia, Prof. Markku Kuisma (Professor de História Económica)?
- Poucas centenas de milhares de euros, talvez um milhão de Euros.
Foi um grande fardo para a economia portuguesa?
-  Não foi um esforço terrível. Mais um gesto humanitário e político.
Que significado teve para a Finlândia?
- Não teve grande importância. Sem saber ao certo o tamanho de cada caixa de sardinhas, podemos estimar que, acompanhada por fatias de pão, talvez desse para alimentar um soldado finlandês durante um par de dias. Foi certamente mais importante como gesto de simpatia e apoio aos finlandeses.
Assim que a guerra eclodiu, a Finlândia enviou delegações e pedidos de assistência a vários países. O pedido também foi enviado para o Governo Português.
Lamentando profundamente, o governo Português declarou que os seus arsenais eram insuficientes para pode vender ou dar armas.
Em vez de armas Portugal disse que poderia enviar milho, açúcar, café, cacau, sal, madeira, vinho e óleo vegetal. Em que quantidade, não sei dizer.
No auge da Guerra de Inverno o exército finlandês tinha 400 mil homens e chegou a ser distribuída uma caixa de sardinhas por 20 homens.

(Adaptado a partir da tradução automática do original, em finlandês, com recurso ao Google Translator. Qualquer erro em relação ao artigo original é, por essa razão, da responsabilidade do autor deste blogue)
Fonte: Ilta Sanomaat


Já agora, vamos lá desmontar algumas das menos correctas afirmações do filme tuga dedicado aos suomis:


- Os fenícios, os gregos, os romanos, os vândalos, os suevos e os visigodos passaram por cá e por inúmeros outros lugares.
- Se 20% da população luxemburguesa é de origem portuguesa, se Paris é a segunda cidade com maior número de portugueses, se existem mais portugueses fora do país do que em Portugal, isso é motivo de orgulho porque...?
- Nós não inventámos nem a "maritime compass" (seja lá isso o que for) nem sequer o astrolábio. A descoberta foi árabe e aperfeiçoada por um judeu espanhol chamado Abraão Zacuto.
- Também não inventámos o canhão de carregar pela culatra.
- A vela latina foi inventada pelos árabes.
- A salga do peixe é usada em diversas partes do mundo desde tempos imemoriais porque se tratava de uma forma eficaz de preservar o pescado.
- A tecnologia da Via Verde foi criada na Noruega.
- Se somos o país com menor número de patentes em todo o mundo isso é, na verdade, algo negativo.
- Arigato não é uma palavra de origem portuguesa. Tem origem numa outra palavra japonesa: arigatai.
Existem palavras japonesas que tiveram origem no português? Sim, bastantes: "botan" (botão), ou "bôru" (bolo), por exemplo.
- O decreto de abolição da escravatura é de 1761 (e não de 1751) e aboliu a escravatura apenas em solo português. Em meados do século XIX ainda andávamos a assinar tratados em que prometíamos pôr fim ao tráfico de escravos a sul do Equador. Chegámos mesmo a permitir que os ingleses efectuassem buscas em navios de bandeira nacional.
- Praticamente todas as culturas com forte presença do porco na sua culinária comem "o porco todo" e têm pratos com as entranhas do bicho.
- Napoleão não falhou as três invasões de Portugal. A primeira foi bem sucedida e provocou a fuga da Corte para o Brasil.
Nessa altura, Portugal nem sequer tinha um exército organizado para fazer face aos invasores.
Foi apenas graças a uma força expedicionária britânica que os franceses retiraram do país. Essa mesma força repeliu outras duas invasões e ajudou a reorganizar o exército português cujas unidades eram, em muitos casos, enquadradas por oficiais britânicos.
- Se for verdade que o rendimento do rei de Portugal no séc. XVIII era 30 vezes superior ao do rei de Inglaterra isso apenas comprova a má gestão que foi feita da riqueza proveniente do Brasil enquanto a Inglaterra construía o seu império.
- O Hóquei em Patins é popular em vários países que têm partilhado títulos com a selecção portuguesa, nomeadamente a Itália, a Espanha e a Argentina.
- Temos a aliança mais antiga do mundo e levamo-la muito a sério. Os ingleses também.
Após as invasões francesas tornaram-se numa força ocupante e tentaram assumir o controlo do país.
No final do séc. XIX ameaçaram-nos com uma guerra se insistíssemos em unir as colónias de Angola e Moçambique.
A letra do nosso hino nacional continua a incitar os portugueses a pegar em armas e marchar contra os canhões britânicos.
- Por mais que nos custe, não foi a manifestação dos portugueses que levou a Indonésia a abandonar Timor-Leste.
- Por fim, a campanha de recolha de roupas e cereais realizada em 1940 só aconteceu porque Salazar quis apoiar um aliado da Alemanha Nazi que lutava contra as tropas comunistas de Estaline.
Esse aliado de Hitler era a Finlândia.

Não sei o que é mais preocupante, se a quantidade de pessoas que acreditam nestes mitos - semelhantes aos que pululavam nos livros de história do Estado Novo - se o facto de ser assinado por um organismo público, a Câmara de Cascais.


Se o tal vídeo é um exemplo de ignorância, inexactidão e provincianismo, o texto é a prova de que se pode fazer uma apologia de Portugal sem cair no ridículo.

(publicado na revista "Up" da TAP)



Eu conheço um país
Que em 30 anos passou de uma das piores taxas de mortalidade infantil (80 por mil) para a quarta mais baixa taxa a nível mundial (3 por mil). 
Que em oito anos construiu o segundo mais importante registo europeu de doadores de medula óssea, indispensável no combate às doenças leucémicas.  
Que é líder mundial no transplante de fígado e está em segundo lugar no transplante de rins. Que é líder mundial na aplicação de implantes imediatos e próteses dentárias fixas para desdentados totais. 
Eu conheço um país
Que tem uma empresa que desenvolveu um software para eliminação do papel enquanto suporte do registo clínico nos hospitais (Alert), outra Que é uma das maiores empresas ibéricas na informatização de farmácias (Glint) e outra que inventou o primeiro antiepilético de raiz portuguesa (Bial). 
Eu conheço um país
Que é líder mundial no sector da energia renovável e o quarto maior produtor de energia eólica do mundo, Que também está a construir o maior plano de barragens (dez) a nível europeu (EDP). 
Eu conheço um país
Que inventou e desenvolveu o primeiro sistema mundial de pagamentos pré-pagos para telemóveis (PT), Que é líder mundial em software de identificação (NDrive), Que tem uma empresa que corrige e detecta as falhas do sistema informático da NASA (Critical) e que tem a melhor incubadora de empresas do mundo (Instituto Pedro Nunes da Universidade de Coimbra).  
Que calça cem milhões de pessoas em todo o mundo e que produz o segundo calçado mais caro a nível planetário, logo a seguir ao italiano. E que fabrica lençóis inovadores, com diferentes odores e propriedades anti-germes, onde dormem, por exemplo, 30 milhões de americanos.  
Que é o «state of art» nos moldes de plástico e líder mundial de tecnologia de transformadores de energia (Efacec) e  Que revolucionou o conceito do papel higiénico(Renova).
Eu conheço um país
Que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial e que desenvolveu um sistema inovador de pagar nas portagens das auto-estradas(Via Verde).
Que revolucionou o sector da distribuição, que ganha prémios pela construção 
de centros comerciais noutros países (Sonae Sierra) e Que lidera destacadíssimo o sector do «hard-discount» na Polónia (Jerónimo Martins).
 
Eu conheço um país
Que fabrica os fatos de banho que pulverizaram recordes nos Jogos Olímpicos 
de Pequim, Que vestiu dez das selecções hípicas que estiveram nesses Jogos, 
Que é o maior produtor mundial de caiaques para desporto, Que tem uma das melhores seleções de futebol do mundo, o melhor treinador do planeta (José 
Mourinho) e um dos melhores jogadores (Cristiano Ronaldo). 
Eu conheço um país
Que tem um Prémio Nobel da Literatura (José Saramago), uma das mais notáveis 
intérpretes de Mozart (Maria João Pires) e vários pintores e escultores 
reconhecidos internacionalmente (Paula Rego, Júlio Pomar, Maria Helena 
Vieira da Silva, João Cutileiro). 
Que tem dois prémios Pritzker de arquitectura (Sisa Vieira e Souto Moura).
 
O leitor, possivelmente, não reconhece neste país aquele em que vive ou que 
se prepara para visitar. Este país é Portugal. Tem tudo o que está escrito 
acima, mais um sol maravilhoso, uma luz deslumbrante, praias fabulosas, 
óptima gastronomia. Bem-vindo a este país que não conhece: PORTUGAL

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