Petrogal classifica explosão em Leça como "potencial acidente grave"
A explosão, ocorrida no dia 11 do mês passado, na refinaria de Leça da Palmeira (Matosinhos) foi "um incidente com potencial de acidente grave". É o que consta no relatório resumido que a empresa enviou, sete dias depois, à Agência Portuguesa do Ambiente.
No relatório resumido, recebido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no dia 18 do mês passado, a Petrogal confirma que a explosão, da madrugada do dia 11, na refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos, ocorreu "no interior de um reservatório com inventário de águas ácidas e gasóleo à superfície". Um equipamento novo, criado para responder às exigências da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte no que toca à diminuição de gases poluentes para a atmosfera, como o benzeno.
"Relativamente às causas, o operador refere que ocorreu a inflamação da mistura gasosa presente no tanque, na sequência da sua libertação através da válvula de alívio de pressão deste equipamento e posterior ignição", adianta, ao JN, a APA, acrescentando que "a fonte de ignição ainda está por determinar".
Daí que, no passado dia 23, tenham sido solicitados à Petrogal elementos adicionais, que permitam confirmar se a explosão do dia 11, de facto, se tratou de um "acidente grave", como está descrito na lei. Esse relatório detalhado e que, segundo a legislação, devia ser enviado dez dias após o incidente, ainda não foi remetido à APA.
Sem impacto para a saúde
No relatório resumido, a Petrogal garante que, logo após a explosão, foi accionado o Plano de Emergência Interno, "tendo sido protegido o equipamento existente na envolvente e extinto o incêndio".
A empresa assegura à APA que, "além das emissões resultantes do foco de incêndio", que foi "de curta duração", "não houve qualquer emissão para o solo e águas, nem perturbações no sistema de drenagem e sistema de tratamento de águas residuais".
"É ainda referido que não houve impactos para a saúde e segurança das pessoas, nem para as instalações existentes na envolvente do tanque", adianta ainda aquela entidade fiscalizadora.
Hermana Cruz, no JN
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