Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Descalços


Podemos ler no Jornal de Negócios a angústia sem fim que devasta o sector do calçado. 
Os empresários do ramo referem que necessitam de mais 1500 pessoas, contudo dizem que não encontram em Portugal 1500 pessoas que queiram trabalhar. Desanimados, lamentam a sua impotência para atrair empregados para o sector, confessando já terem tentado tudo para conseguir a força de trabalho. Bem, tudo não: só não tentam aumentar os salários! Até porque os salários baixos, evidentemente, não explicam a situação.
Claro.
O que explica a situação é o sol e a praia, a ausência de valores, o colapso das famílias, o tabagismo, o alcoolismo e o consumo de psicotrópicos, o declínio da fé verdadeira, o aborto livre e a natural propensão para a indolência do tuga.
Tudo excepto os salários baixos.
Aliás, quatrocentos e oitenta euros por mês em Santo Tirso dão lindamente para alugar um T4 e pôr os filhos no colégio. Ao fim de semana joga-se golfe em Arcozelo ou dá-se um saltinho ao Bull & Bear.
Os salários não explicam, portanto. As leis da oferta e da procura funcionam em todo o lado mas são miraculosamente suspensas acima de Valongo, nas fábricas de calçado português. As empresas do mundo inteiro atraem funcionários com dinheiro e regalias, excepto na Cancela & Teresinha, na Natália Lda ou na Tavares & Irmãos. Aí podem lançar à rua libras de ouro ou maços de notas que não aparece ninguém.
Esta situação chocante  justifica que o Governo tome uma atitude firme para persuadir os nossos compatriotas a trabalharem um pouco mais. Talvez, enfim, com a subida do IVA, um aumento do preço dos transportes ou o fim das comparticipações nos medicamentos.
Já foi feito? Então mandem a polícia.

(recebido por e-mail)

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