Um americano que está a passar férias aqui ao lado, deixou na espreguiçadeira o jornal que estivera a ler toda a manhã. Deitei-lhe a mão a fiquei a saber da homenagem ao verdadeiro herói americano, do tipo que vemos e apreciamos nos filmes. A história pode ser lida no tal jornal (aqui no Detroit Free Press).
Para quem não tem tradutor ou ainda fala no inglês do Algarve, posso dizer que na semana passada foi notícia nos Estados Unidos a entrega da mais alta condecoração das forças armadas americanas: a Medal of Honor.
A condecoração, que está reservada apenas a actos de extrema bravura, foi concedida a Dakota Meyer, que no Afeganistão, num cenário de terror e extraordináriamente desfavorável, arriscando a sua própria vida, cometeu o acto salvar a vida de 36 soldados americanos e afegãos. Durante uma patrulha no vale de Ganjgal, em que treinavam militares afegãos, acabaram surpreendidos por cerca de 50 terroristas talibãs, com fogo cerrado de todos os quadrantes. A luta estava feroz e a ajuda aérea não chegava. Então, o marine, na altura com 21 anos, que se encontrava na rectaguarda da coluna, solicitou aos seus superiores, por quatro vezes autorização para avançar, o foi sempre recusado dada a iminência do colapso de toda a coluna. Desesperado por ver os seus companheiros e os militares afegão a serem "fritos", saltou para o seu Humvee e, com o auxílio de outro soldado, o sargento Juan Rodriguez-Chavez (condecorado com a Cruz da Marinha), resgatou 13 fuzileiros americanos e 23 soldados afegãos.
O seu acto de bravura valeu-lhe o reconhecimento dos homens que salvou, mas também um ferimento num braço e uma promoção a sargento. Agora com 23 anos, Meyer já abandonou os fuzileiros e vive no seu estado natal, o Kentucky. O verdadeiro herói americano.
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