Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

O retorno da pobreza


O Chanceler alemão Otto von Bismarck dizia que a política é a arte do possível (Politik ist die Kunst des Möglichen). Os nossos governantes resolveram, porém, adoptar uma nova versão: a de que a política é a arte do inevitável. Efectivamente, a única coisa que o Primeiro-Ministro diz é que as medidas são inevitáveis e que não se pode tomar outras. Isto independentemente da injustiça brutal que as caracteriza e que toda a gente reconhece e até mesmo da sua total inconstitucionalidade. Por outro lado os outros órgãos de soberania aceitam a inevitabilidade e deixam o Governo prosseguir alegremente neste caminho, parecendo às vezes que vive noutro mundo, como sucedeu quando Vítor Gaspar afirmou que os sacrifícios do orçamento vão atingir toda a sociedade portuguesa por forma igual. O triste espectáculo que tem sido dado pelos nossos políticos aos cidadãos atingiu o absurdo na reunião do Conselho de Estado, que conseguiu estar reunido seis horas para emitir um comunicado que não diz absolutamente nada. Portugal vai continuar assim tristemente por este caminho, que o Primeiro-Ministro já assumiu que visava o empobrecimento colectivo, e que o mesmo era necessário. Enquanto Deng Xiao-Ping sustentava que enriquecer é glorioso, Passos Coelho entende que a verdadeira glória está no empobrecimento. Assim sendo, já vejo que o resultado inevitável destas medidas não é que Portugal se transforme na Grécia. É que se transforme na Coreia do Norte

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