6. O défice estimado pela Comissão ["Constâncio"] era um valor que se atingiria se nada se fizesse e se não houvesse um Governo. Seria o "défice do deixa andar", automático e mecânico. Referenciá-lo como farol orçamental é, no mínimo, uma visão imobilista e conformista. [...] Agora, findo o ano e apurado o défice real, o que conta não é a comparação com um prognóstico académico mas com a realidade.
[...] a despesa pública — o monstro— aumentou excessivamente.
12. Os números não mentem: mesmo com sacrifícios pedidos aos cidadãos, o Estado gastou bem acima do ano anterior e até acima do previsto no tal Relatório Constâncio (mais 133 milhões de euros). A despesa total cresceu 7,4 por cento passando de 65.594 milhões para 70.448 milhões! Considerando a nova série do PIB reavaliado, passou-se de uma despesa total do SPA que em 2004 foi de 45,9 por cento do PIB para 48,7 por cento em 2005!
[...] Não nos esqueçamos que, infelizmente, em 2005 piorou o défice, subiram os impostos, aumentou a despesa pública, subiu a dívidpública, cresceu o desemprego, caiu o produto, subiu o défice externo, mas, pelos vistos, o drama já passou. Por isso, se dispensavam alguns métodos de intoxicação informativa que mais pareecm destinados a ignorantes ou débeis.
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