Na minha rua existia um tipo que conseguia fazer trinta por uma linha sem nunca arcar com as consequências. Um habilidoso. Foi dele que me lembrei quando vi a arbitragem de Bruno Paixão. Uma vez, num jogo contra o Campomaiorense fiquei de cabeça perdida. Se visse o Paixão a atravessar a rua era menino para me desgraçar. Desta vez deu para me rir.
Nos tempos que correm, mais vale rir. O Paixão não passa de um enganador. Como todo o incompetente, o Paixão não passa de uma espécie de "moleque" habilidoso. Aproveitando uma noite má da equipa do F.C. Porto, o Bruno não se conteve e aproveitou para agradar à sua Paixão. Como todo o homem apaixonado, este enganador entusiasmou-se e toca a roubar como se não houvesse amanhã. Não foi por isso que o meu Porto perdeu. Ajudou.
Mesmo assim, não estou furioso. Pelo contrário. De vez em quando temos de perder para que o adversário consiga ganhar qualquer coisa. Nos últimos trinta anos é tão raro o Benfica ganhar que, de quando em vez, até é bom. Serve para aumentar a competitividade e aliviar os seis milhões. Além disso, devemos ser tolerantes com enganadores como este Bruno. No final de contas, está só a demonstrar a sua paixão...
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