"...como pode a FIFA escolhê-lo como o melhor se ele foi capaz do pior? É este ídolo que queremos apontar como exemplo às gerações mais novas? Um génio da bola com truques baixos?
Até ontem de manhã, Zidane já não valeria um cêntimo para uma operação de marketing. Ao meio dia, elegendo-o como o melhor, a FIFA recuperou-o. Mas se ele voltou a valer milhões, então é o futebol que está podre e não quer salvar-se. O melhor não pode ser o tipo que anda à cabeçada no adversário no meio do relvado." - José Leite Pereira no Editorial do JN
"... a verdade é que, por mais injusta que seja, a imagem que nos ficou colada foi a de "divers", simuladores, batoteiros. Esse rótulo migrou para outros países (veja-se a reacção do público alemão ou as referências em outros media independentes) e colou-se-nos. Ora, como sabem as gentes do marketing, mesmo que não tenha suporte real, é a percepção com que os potenciais clientes ficam que comanda as suas decisões." - Alberto Castro no JN
"A pequena cabeçada de Figo e a grande cabeçada de Zidane, sejam quais forem as suas causas e sejam quais forem os méritos dos jogadores, são (entre outras) acções que mancham o desporto. E as acções dos que não perdem a cabeça e continuam a tentar mesmo quando as coisas não correm pelo melhor marcam os verdadeiros campeões. São raros? São ainda mais raros do que pensávamos. São raríssimos. Mas gostamos de pensar que existem algures. É por isso que a eleição de Zidane como o melhor do Mundial depois do que fez só mancha o desporto, o futebol, o Mundial, a FIFA e os jornalistas enviados para cobrir o Mundial que o elegeram. É uma vitória imoral. Também as há." - José Vítor Malheiros no PÚBLICO
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