Escreve o Pacheco Pereira a propósito disto:
Um funcionário público que
ganha 1000 euros ilíquidos é tão “rico” ou tão “pobre” como um trabalhador do
sector privado com o mesmo salário. Isto no passado, porque hoje já é mais
“pobre” e discriminado.
Há várias diferenças:
- Um funcionário do
privado que ganhava 1000 euros antes da crise já não ganha. As empresas têm o
saudável hábito de cortar na despesa.
- Um funcionário do
privado que ganhava 1000 euros antes da crise tem uma probabilidade de cerca de
5% a 10% de estar no desemprego. Essa probabilidade é de cerca de 0% para os
funcionários públicos do quadro.
- Um funcionário do
privado que ganhava 1000 euros antes da crise tinha um horário de trabalho de
mais 5 horas/semana do que um funcionário público.
- Um funcionário do
privado que ganhava 1000 euros de salário base antes da crise tinha que ser
mais qualificado que um funcionário público com o mesmo salário.
- Se um funcionário
privado passar a ganhar menos paga menos impostos, o défice aumenta. Se
um funcionário público passar a ganhar menos, o Estado gasta menos, o défice
diminui.
- Se no privado se
ganhar mais que no público, os incentivos para passar para o privado aumentam.
Reforça-se a competitividade da economia.
Nunca pensei apreciar algo deste Pacheco. Mas do que está acima escrito, gostei. Pronto.
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