Os Cristãos são perseguidos, violados e mortos. Os seus locais de oração são profanados e destruídos. Mas a imprensa esquece-os rapidamente. Fossem muçulmanos e estava tudo num reboliço. Felizmente existem alguns organismos e fundações que lutam abnegadamente pelo apoio e ajuda aos mais necessitados, precisamente em países qcuja auto denominada "religião da paz" é tudo menos pacífica para com os Cristãos. A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre é um bom exemplo. Eu presto algum auxílio. Chegou a sua vez.
Aqui abaixo, um exemplo de grande sofrimento: o caso de Asia Bibi, cujo tormento foi ontem alvo de um programa que passou num dos canais da SIC.
"A HISTÓRIA ESQUECIDA DE ASIA BIBI E DE CENTENAS
DE CRISTÃOS PRESOS NO
PAQUISTÃO
Natal atrás das grades
Os cristãos são uma minoria no Paquistão e muitas vezes perseguidos por causa
da sua fé. Os que se encontram detidos são duplamente discriminados. Tal como
Asia Bibi, injustamente condenada à morte por blasfémia, há centenas de
cristãos que precisam da nossa ajuda neste Natal.
Asia Bibi está presa na cadeia de Sheikpura, no Punjab, acusada do crime de
blasfémia. Sobre ela pende a mais terrível das sentenças: a morte. A sua
história já comoveu o mundo inteiro mas isso não foi suficiente para a
libertar. Para Asia Bibi, este vai ser mais um Natal sem a família, fechada
numa cela minúscula e imunda, sem ver a luz do dia, sempre sobressaltada pelos
ruídos da prisão, pelos passos que podem anunciar, uma vez mais, gritos,
violência, até tortura.
Cadeias de terror
As cadeias do Paquistão são dos locais mais tenebrosos que se podem imaginar.
Se estar preso é sempre um castigo, no Paquistão roça a crueldade. A tortura é
prática corrente e a vida dos detidos é miserável. Há apenas uma instalação
sanitária (e o termo é benevolente para aquilo que existe…) por cada centena de
presos, as celas são pequeníssimas e estão sobrelotadas. Como consequência, é
vulgar haver detidos que não sobrevivem ao excesso de calor ou que sofrem
ataques cardíacos. Só no ano passado, 72 pessoas morreram assim, nas prisões do
Paquistão.
Cristãos desfavorecidos
Para os cristãos, o cenário é ainda mais aterrador. A vida nas cadeias
reflecte, para pior, aquilo que acontece todos os dias na sociedade
paquistanesa: os cristãos são marginalizados e desfavorecidos. A violência e a
humilhação fazem parte da condenação a que estão sujeitos. E tudo seria ainda
mais dramático se não fosse a intervenção de alguns sacerdotes que,
corajosamente, apoiam os detidos no Paquistão, levando-lhes a mais
significativa das ofertas: a esperança.
Trabalho dos irmãos dominicanos
No estabelecimento prisional de Faisalabad, é possível ver o resultado do
esforço do Padre Iftikhar Moon e dos seus irmãos dominicanos que levam, para
dentro dos muros da cadeia, a alegria contagiante do Natal. Numa sala, onde
recebem os detidos, o ambiente frio e soturno de Faisalabad é transformado num
espaço de cor e alegria, com uma decoração cheia de grinaldas e estrelas de
papel que recordam esta época festiva.
Festa de Natal
Os detidos cantam, participam nas leituras da Santa Missa e, depois, recebem
das mãos dos frades dominicanos alguns presentes que, ali, valem como barras de
ouro: alimentos, mantas, medicamentos, roupas. Até os guardas prisionais são
contemplados com a generosidade da comunidade cristã. Nem todos reagem, porém,
da mesma maneira. Como explica o Padre Iftikhar, “alguns guardas são boas
pessoas, mas há os que são ambiciosos e exigem dinheiro”.
Sem dinheiro para subornos
Dinheiro como suborno é algo impensável para os presos cristãos. Oriundos de
famílias pobres, não têm como mudar a sua sorte. Há vários casos de cristãos
que são presos apenas porque não têm dinheiro para pagar as multas a que foram
condenados. A pobreza é outra cruz que os cristãos têm de suportar no
Paquistão. Por causa disso, a esmagadora maioria dos detidos nunca recebem visitas.
E, se não fosse o trabalho dos irmãos dominicanos, que tem o apoio da Fundação
AIS, poderiam ficar uma eternidade na cadeia sem que alguém se interessasse
pela sua sorte.
Asia Bibi
Na sua cela em Sheikpura, Asia Bibi continua sem saber o que lhe vai acontecer.
Até este momento, a sua vida tem dependido da enorme campanha internacional que
foi desencadeada pelos meios cristãos e da qual a Fundação AIS tem sido um dos
principais impulsionadores. Mas ninguém pode garantir que, um dia destes, algo
de terrível não venha a acontecer.
Nada disso, no entanto, parece esmorecer a sua fé. Asia Bibi tem sido, para os
cristãos no mundo inteiro, um extraordinário exemplo de perseverança. Num tempo
em que os valores espirituais parecem ruir, as palavras de Asia Bibi não podem
ser esquecidas: “Sinto-me amada pela Igreja Católica e por todas as comunidades
cristãs do mundo. Estou orgulhosa por ser filha de uma comunidade tão amável e
misericordiosa”. Como é que se retribui um pensamento destes?
Fundação Ajuda à Igreja que Sofre"
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