Qualquer debate que se pretenda consequente sobre a regionalização, tem que começar pela questão constitucional e pela revisão do bizarro artigo 256º. Urge, portanto e ainda que meramente circunscrita a esse ponto, uma revisão constitucional.
Outra forma de inquinar qualquer debate consequente sobre a verdadeira reforma do Estado (que ainda não se fez, nem rec...olhe vontade política inequívoca para ser feita rapidamente) é tentar-se justificar a necessidade de se regionalizar o Estado, com uma capa ou uma perspectiva meramente tecnicista. Não se devem colocar argumentos "técnicos - organizativos" ou económicos como fator determinante (ou pior: dissuasores) do exercício de uma vontade política. E regionalizar-se, a bem do Estado e de todos nós, é uma questão política que não pode esconder-se sob o manto opaco de um tecnicismo supostamente neutro e académico.
E não nos podemos esquecer que quem (ainda) não tem cão, não deve inibir-se de caçar com um gato. Não é preciso termos instituído formalmente a regionalização, para reagirmos contra um estado de coisas (de espíritos e de afetividades) irracionalmente centralista. Por exemplo, a hipótese de uma administração “nacional” e centralizada do Porto de Leixões, bem como a questão do aeroporto Sá Carneiro, são desafios que quem defende a descentralização deve assumir. De forma inteligente, firme e eficaz. A bem do país.
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