Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Não são todos iguais... mas parecem(*)


Insisto nisto. Aparece sempre muita gente com vontade de me explicar que os muçulmanos não são todos iguais. Apesar do que possa parecer, sei perfeitamente disso. Talvez fosse mais útil explicarem primeiro aos muçulmanos que os ocidentais não são todos iguais. Porque eles é que parecem não perceber estas coisas simples. Cada vez que um ocidental (um só!) exerce a sua liberdade de expressão, milhares de muçulmanos explodem e ameaçam tudo e todos. Nem sequer reparam que, com os seus actos violentos, apenas legitimam a crítica de quem já não está para os aturar. E, pelos vistos, a doença pega-se, a avaliar pela atitude de muitos europeus, sempre de acusatório dedo em riste perante os desmandos ocidentais, mas condescendentes na mesma proporção para com os crimes islâmicos.

Lembram-me sempre que o islamismo foi berço de uma grande civilização e que o catolicismo foi responsável por milhares de mortes. Dispenso a lição de História. Aliás, é precisamente a História que confirma a evolução de quase todas as religiões que, com maior ou menor custo, lá se conseguiram integrar nas sociedades modernas, adoptando um discurso crítico, mas pacificador. A excepção, quer se queira quer não, é o islamismo. E precisamente por ter sido impulsionador de uma grande civilização é que é ainda menos compreensível que se tenha deixado levar para a demência absurda de que está hoje impregnado. O catolicismo responsável pelas Cruzadas e pelos autos-de-fé já não existe. Pelo contrário, a jihad islâmica contra um presumível Satã ocidental está mais viva do que nunca e, essa sim, mete tudo no mesmo saco.

A Europa, berço da mais importante conquista de todos os tempos, a liberdade, deixa-se hoje intimidar e até seduzir pelas ameaças dos fundamentalistas islâmicos. Os exemplos sucedem-se. Primeiro foram as caricaturas de Maomé, depois a citação do Papa, agora até a arte europeia corre perigo. A decisão da Deutsche Oper (uma companhia de ópera de Berlim) de cancelar uma ópera de Mozart – em que um rei cambaleia ao lado das cabeças decepadas de Buda, Jesus, Poseidon e Maomé colocadas sobre cadeiras – com medo de possíveis represálias muçulmanas, mostra a que ponto está a chegar esta Europa manietada pela covardia de uns e pela politicamente correcta condescendência de outros. Salva-se a reacção de alguns políticos alemães que criticaram fortemente este cancelamento. Foi o caso, por exemplo, do Vice-Presidente do Parlamento alemão e do Ministro do Interior. Talvez ainda possa haver esperança na Europa quando, apesar de tudo, ainda há gente com responsabilidade governativa que não embarca na chantagem fundamentalista que vem de fora.

É, contudo, preocupante, o número de europeus, incluindo portugueses, que parecem querer ou aceitar um mundo – Europa incluída – dominado pelos imperativos morais da religião de todos os fundamentalismos. Talvez esses portugueses estejam interessados em que o Bilhete de Identidade das suas mulheres seja como o da imagem. Devido à proximidade com África, talvez até defendam a incorporação na nossa tradição da mutilação sexual das mulheres que se verifica em muitas comunidades muçulmanas desse continente. Mas, se estiverem interessados nisso, não precisam de esperar tantos anos até a Europa ser reconquistada pelos mouros. Vistam já uma burka às vossas mulheres, cortem-lhes o clitóris com uma lâmina de barbear e apanhem o primeiro avião para o submundo muçulmano, que os europeus orgulhosos da sua cultura de liberdade agradecem. E nem sequer dou conselhos às mulheres, pois essas, se simpatizarem com o islamismo, saberão que têm que corresponder aos desejos dos seus maridos e que, portanto, não têm voto na matéria.


(imagem ignobilmente surripiada do Blog da Nalga)

0 comentários: