Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

É o Senhor Presidente quem o diz...

"Não me surpreendem as escutas ao presidente do Benfica"

Numa entrevista recente, o presidente do Benfica revelou que o seu nome e o de Valentim Loureiro constavam de um dossier anónimo que lhe deixaram à porta e que entregou à Polícia Judiciária...
É natural. Dossiers anónimos, deixados à porta de pessoas que ninguém sabe onde moram, como ele próprio já garantiu, é natural que falem de mim e para dizer mal. Porque só quem é cobarde é que me ataca anonimamente e só quem é cobarde é que dá cobertura a esses ataques anónimos e lhes dá seguimento. Eu, sempre que recebo qualquer coisa anónima, rasgo e meto no cesto dos papéis porque tive uma educação de princípios. A outros talvez dê jeito invocar coisas anónimas para sujar o nome de terceiros. Mas isso não me preocupa nada. Rigorosamente nada.

Entretanto, têm-se registado algumas evoluções no processo Apito Dourado...
Não posso falar sobre o processo, mas posso dizer que foram emitidas onze certidões em meu nome e nove já foram arquivadas e nem sequer fui ouvido. Há só duas coisas que quero referir a propósito desse assunto. A primeira, para sublinhar a isenção da Justiça, que está a funcionar. Desde a primeira hora, em que vi em alguns jornais as coisas mais absurdas. Segundo um jornal, um dos processo dever-se-ia ao facto de eu ter falsificado a assinatura de um jogador. Nunca apareceu nenhum processo, porque isso simplesmente não era verdade. Foi dito que eu falava com árbitros. Nunca telefonei a nenhum árbitro, nenhum pode dizer que alguma vez lhe liguei, nem que fosse para dar os parabéns no aniversário. O que alguns jornais fizeram, foi uma pressão enorme e miserável sobre a própria justiça, publicando falsidades. Só que, felizmente, a Justiça tem sabido decidir pelos factos e não pelas mentiras publicadas em alguma comunicação social.

A comunicação social também deu conta de novas escutas, envolvendo outros dirigentes. Ficou surpreendido?
Não, não me surpreendo nada que apareçam registos de escutas a telefonemas do presidente do Benfica. Aliás, o que me surpreende é que não apareçam mais coisas, como por exemplo os telefonemas feitos pelo senhor Veiga ao senhor Pinto de Sousa a pedir que determinado árbitro favoreça o Estoril. Não foi a dizer que tudo lhe corra bem, foi a pedir declaradamente que favoreça o Estoril. Curiosamente, sobre isso não foi tirada nenhuma certidão.

"Luís Filipe Vieira quis regenerar a Liga que ele próprio fez"

Hermínio Loureiro tomou recentemente posse como presidente da Liga. Como viu críticas que lhe foram dirigidas, ainda antes de tomar posse?
Quando foi da última eleição do Major Valentim Loureiro e do Doutor Cunha Leal para direcção da Liga, eu estive, como é público, na oposição. Tínhamos um candidato, que era o Doutor José Guilherme Aguiar, que não conseguiu sequer ir a votos por não ter as assinaturas necessarias, que eram 20 por cento dos votos. Disse na altura que, a partir desse momento, não teria nenhum relacionamento com a Liga. Limitei-me ao longo dos últimos anos, a pagar as multas com que era periodicamente brindado, e não tive nenhum relacionamento com a Liga. Em contrapartida, ficou célebre a frase do presidente do Benfica na altura quando, a propósito da nossa contratação do Jankauskas, afirmou que não estava preocupado com jogadores mas em ganhar lugares na Liga. Foi ele que impôs, segundo me contou o Major Valentim Loureiro, o nome de Cunha Leal para Director Executivo. Fê-lo como condição para manter o apoio ao Major que tinha já convidado o Eng. Paulo Carvalho, presidente do Rio Ave, para o cargo. O que acho interessante é que, quem escolheu o Director Executivo, quem apoiou o presidente, quem nomeou os detentores dos mais diversos cargos, quem disse que seria a APAF a indicar o presidente do Conselho de Arbitragem - sabendo-se exactamente quem a APAF indicaria - foi precisamente o presidente do Benfica. E também foi ele que, no final de uma mandato particularmente nocivo para o futebol português, veio dizer que era preciso renegenerar a Liga que ele próprio tinha feito e patrocionado.


"Caso Mateus foi a cereja em cima do bolo do Benfica"

Ainda antes da tomada de posse da nova Liga, o início do campeonato chegou a estar em causa em virtude do "Caso Mateus". Como viu todo esse processo?
Caso Mateus que tem foros de rídiculo. É um caso de começa em Janeiro e que vai afectar o início de um campeonato em Agosto precisamente por incapacidade das pessoas da Liga de tomarem decisões. O assunto protelou-se, estava tudo à espera que o Gil Vicente descesse de divisão desportivamente e já não havia problemas, mas já se sabia que quem descesse e não quisesse aceitar os resultados dentro do campo podia agarrar-se a isso. É triste, mas o reflexo do comportamento de algumas pessoas na Liga. Foi uma espécie de cereja, bem encarnada, em cima do bolo cozinhado pelo Benfica na Liga.

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