Costa Gomes, essa eminência parda do regime revolucionário, mantinha em Outubro de 1975, conversas com Brejnev em Moscovo. Tinha lá ido pedir directivas, saber se o Comunismo apoiaria uma ditadura em Portugal, mas Brejnev não estava interessado em abrir uma nova frente na Guerra Fria por causa dum pequeno país. Restava a Costa Gomes comunicar ao grupo dos nove que o caminho era a Democracia e não o Comunismo receitado pelo PCP.
Comemoramos hoje 30 anos de liberdade. Foi graças ao que aconteceu nessa jornada já remota de 1975 que Portugal pôde consolidar-se como democracia representativa de modelo europeu ocidental, enquanto se ia gradualmente esbatendo a fórmula deprimente do "manicómio em autogestão" para que tínhamos resvalado e que nos caracterizava cá dentro e lá fora.Se o 25 de Abril de 1974 teve o seu "dia seguinte", isto é, o momento a partir do qual começaram a mobilizar-se muitos cidadãos que não queriam que Portugal, após a revolução da véspera, se transformasse numa "democracia popular" de inspiração soviética, o 25 de Novembro pôs termo à escalada revolucionária a que se vinha assistindo desde o 11 de Março e que se intensificara ao longo do Verão Quente de 1975. [Vasco G.Moura]
Esta é a data em que Portugal finalmente se libertou das duas ditaduras: da salazarista e da comunista. Esta é a data em que ruíu definitivamente o plano de Álvaro Cunhal. Esta é a data em que se colocou pela primeira vez a necessidade de eleições livres.
(copy+paste d'O Galo Verde)
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