Os fumadores irritam-me solenemente!
Começam logo pela manhã: entro na confeitaria para tomar o pequeno almoço e numa ou noutra mesa é vê-los com gestos mais ou menos parvos a acenderem o dito, puxarem e lançarem para a atmosfera o ar putrefacto da nicotina. Enquanto bebo um golo de meia de leite ou trinco um pedaço de pão manteiga, tenho de me engasgar com aquele horroroso cheiro...
O engraçado é que mesmo ali ao pé, uma máquina fornecedora de tabaco diz expressamente algo sobre os malefícios daquele veneno, qualquer coisa que tem a palavra morte...
Começam logo pela manhã: entro na confeitaria para tomar o pequeno almoço e numa ou noutra mesa é vê-los com gestos mais ou menos parvos a acenderem o dito, puxarem e lançarem para a atmosfera o ar putrefacto da nicotina. Enquanto bebo um golo de meia de leite ou trinco um pedaço de pão manteiga, tenho de me engasgar com aquele horroroso cheiro...
O engraçado é que mesmo ali ao pé, uma máquina fornecedora de tabaco diz expressamente algo sobre os malefícios daquele veneno, qualquer coisa que tem a palavra morte...
Depois ao almoço, no restaurante, muitas vezes o ar parece ser invadido por uma núvem de fumo negro...
Todos sabem que morrem todos os anos aproximadamente cinco milhões de pessoas com doenças directamente ligadas ao tabaco, mas não há forma de este número diminuir, só em Portugal existem 1,5 milhões de pessoas viciadas em nicotina. Mas continuam a fumar.
Todos sabem que morrem todos os anos aproximadamente cinco milhões de pessoas com doenças directamente ligadas ao tabaco, mas não há forma de este número diminuir, só em Portugal existem 1,5 milhões de pessoas viciadas em nicotina. Mas continuam a fumar.
Gostava de lhes apresentar estas fotografias e perguntar: já agora, os meus pulmões são os do lado esquerdo, e os vossos?
Confesso que só mesmo a história que se segue me faz sorrir e compreender a necessidade do fumo:
Deixou de fumar. Passados 10 minutos a sala encheu-se de fumo. Cada vez mais fumo. Os olhos picavam, uma nuvem densa, de um cinzento azulado, tornava o ar irrespirável. Os convidados arrastavam-se pelo chão, com lenços na boca, tacteando uma saída. De repente, um grito: "acudam, o F. já não respira". Encontrões, palavrões, vidros pelo chão. Cortes. O gato pisado. O chão peganhento do sangue que não se via. Pânico. E fumo, cada vez mais fumo. Gritos na rua, os bombeiros que chegam. Suspirou, desiludida, e voltou a fumar outra vez. Afinal, uma chaminé de lareira não pode deixar de fumar.
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