Sócrates e Armando Guebuza aparecem na comunicação social como tendo feito alguma proeza digna de comemoração. Na verdade a estória está contada pela rama como convém nestes casos, e tem várias versões conforme a latitude em que nos encontramos.
Em Maputo, no Diário de Notícias do dia 04 /11/05 é referido "O povo moçambicano e o Governo da Frelimo podem se dar como satisfeitos, porquanto, conseguiram desbaratar o único "símbolo" da dominação colonial portuguesa em Moçambique. Armando Guebuza ... conseguiu, finalmente, concretizar o desejo do seu movimento ... libertar o país de todas as sequelas da dominação colonial". É assim que é vista a posição portuguesa no capital da HCB.
À data da independência, a frelimo nacionalizou tudo, excepto Cabora Bassa. Sabia que não teria maneira de honrar os juros da dívida usada na sua construção. Os países credores pressionaram Samora e Vasco Gonçalves fez o "frete" de colocar todos os portugueses a arcar com a responsabilidade de pagar esses juros, de uma barragem que deixava, de facto, de nos pertencer.
Portugal pagou com "colher de pau". Os juros somaram uma verba astronómica que daria para a construção de 6 barragens. Nestas "negociações" - chamemos-lhe assim - a parte moçambicana reduz as dívidas de Portugal para uns tantos "amendoins", colocando em cima da mesa a rapina de 5 séculos que Portugal teria feito naquele país.
Para a inversão desta estrutura accionista, Portugal calculou a dívida acumulada em 2,6 biliões de dólares! Moçambique ofereceu 950 milhões de dólares - e Sócrates aceitou trocar os 85% por 15% e perder o controlo da HCB. A HCB começou agora a dar lucro pela primeira vez, e essa é a principal razão para a Frelimo só agora ver conveniência em se libertar do "simbolo" colonialista. Para rematar falta só dizer que o pagamento a Portugal não passa duma promessa, com um protocolo faseado no tempo. Dada a "pequena" importância, ainda se verá a prazo um "perdão da dívida".
A Frelimo, com a ajuda do companheiro Vasco e com a complacência de sucessivos lusos governos, conseguiu que os portugueses pagassem biliões de dólares de dívidas por uma barragem que pertence a Moçambique desde o dia da independência. Só o complexo paternalista e de consciência pesada pode justificar que tal situação se tenha arrastado até hoje.
Quanto a Sócrates, deveria deixar-se de festejos, pois nada há para festejar depois do que se pagou pelos adornos.
Em Maputo, no Diário de Notícias do dia 04 /11/05 é referido "O povo moçambicano e o Governo da Frelimo podem se dar como satisfeitos, porquanto, conseguiram desbaratar o único "símbolo" da dominação colonial portuguesa em Moçambique. Armando Guebuza ... conseguiu, finalmente, concretizar o desejo do seu movimento ... libertar o país de todas as sequelas da dominação colonial". É assim que é vista a posição portuguesa no capital da HCB.
À data da independência, a frelimo nacionalizou tudo, excepto Cabora Bassa. Sabia que não teria maneira de honrar os juros da dívida usada na sua construção. Os países credores pressionaram Samora e Vasco Gonçalves fez o "frete" de colocar todos os portugueses a arcar com a responsabilidade de pagar esses juros, de uma barragem que deixava, de facto, de nos pertencer.
Portugal pagou com "colher de pau". Os juros somaram uma verba astronómica que daria para a construção de 6 barragens. Nestas "negociações" - chamemos-lhe assim - a parte moçambicana reduz as dívidas de Portugal para uns tantos "amendoins", colocando em cima da mesa a rapina de 5 séculos que Portugal teria feito naquele país.
Para a inversão desta estrutura accionista, Portugal calculou a dívida acumulada em 2,6 biliões de dólares! Moçambique ofereceu 950 milhões de dólares - e Sócrates aceitou trocar os 85% por 15% e perder o controlo da HCB. A HCB começou agora a dar lucro pela primeira vez, e essa é a principal razão para a Frelimo só agora ver conveniência em se libertar do "simbolo" colonialista. Para rematar falta só dizer que o pagamento a Portugal não passa duma promessa, com um protocolo faseado no tempo. Dada a "pequena" importância, ainda se verá a prazo um "perdão da dívida".
A Frelimo, com a ajuda do companheiro Vasco e com a complacência de sucessivos lusos governos, conseguiu que os portugueses pagassem biliões de dólares de dívidas por uma barragem que pertence a Moçambique desde o dia da independência. Só o complexo paternalista e de consciência pesada pode justificar que tal situação se tenha arrastado até hoje.
Quanto a Sócrates, deveria deixar-se de festejos, pois nada há para festejar depois do que se pagou pelos adornos.
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